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A Selecção das Espécies

A escolha das espécies pode ser feita utilizando diferentes critérios, sendo os mais comuns:

  • a cor
  • o tipo de solo
  • a época do ano
  • interacção com as outras espécies

COR

A cor num jardim reveste-se da maior importância. As pessoas estão habituadas ao cinzento das cidades e quando contemplam ou desfrutam um jardim querem ver cor. As cores transmitem sensações.

A utilização da cor no jardim tem de ser tratada para que as cores estejam perfeitamente definidas e não completamente confusas. Apenas a título de exemplo, quem é que não gosta de contemplar um prado florido em que a maioria das espécies confere apenas um tom (amarelo, azul ou vermelho); pois bem num jardim é igual, devemos ter espécies de diferentes cores mas a sua floração deverá ocorrer em períodos diferentes, para que o jardim tenha cor o ano inteiro. Todavia há quem goste de misturar tudo e observar o efeito.

TIPO DE SOLO

Todas as plantas têm características que as definem; a sua adaptabilidade ao tipo de solo é muito importante. A planta para se desenvolver necessita de encontrar boas condições de textura, pH e humidade. Na escolha das espécies devemos ter em atenção diversos aspectos, o ideal é escolhermos plantas que se adaptem ao tipo de solo que possuimos e às condições que pretendemos que venham a existir. O solo pode ser totalmente alterado, todavia as intervenções implicam um custo elevado que por vezes inviabilizam a sua realização. Jogando com as espécies podemos reduzir essas intervenções.

Textura

  • Solo arenoso – Fraca capacidade de retenção da água
  • Solo argiloso – Boa capacidade de retenção de água
  • Solo humífero – Elevada capacidade de retenção de água

O ideal é termos um solo com alguma quantidade de argila, areia e com matéria orgânica – (Solo equilibrado).

pH

O pH influencia as disponibilidades de nutrientes, o desenvolvimento das plantas e dos microorganismos. As terras e substratos utilizados nos jardins apresentam-se, em geral, ligeiramente ácidos; a maior parte das espécies vegetais utilizadas nos jardins beneficiam também de solos ácidos, no entanto existem excepções. Deve-se juntar plantas que tenham necessidades semelhantes. Os processos para aumentar ou baixar o pH do solo são caros.

ÉPOCA DO ANO

Hoje em dia é possível plantar durante todo o ano qualquer tipo de planta envasada. É de referir que as plantas de raiz nua (sem recurso a vaso) têm um custo mais baixo, mas isto inviabiliza que possam ser plantadas durante todo o ano. Para estas plantas a melhor época serão os meses de Outubro a Janeiro, dependendo do local. Em locais muito frios, devido ao risco do congelamento esse período avança um pouco, normalmente fins de Janeiro até Março, o mais tardar.

Em termos de tradição normalmente as flores são plantadas durante a Primavera e árvores e arbustos são plantados no Inverno, no seu período de dormência.

Desde alguns anos para cá que se consegue, recorrendo às chamadas plantas da época, que os jardins estejam sempre com flores. As plantas da época são produzidas normalmente em estufas e só entram no circuito comercial quando estão em flor. O período de floração é relativamente curto, o que implica que de três em três meses seja necessária a sua substituição. É um negócio que tem tido um crescimento exponencial nos últimos anos.

Dentro destas plantas existem imensas variedades e pode-se optar por um sem número de cores.

INTERACÇÃO COM OUTRAS ESPÉCIES

A interacção entre espécies ocorre e é desejável que assim aconteça, mas alguns factores são importantes para que esta interacção não se torne insustentável.

Tamanho

O tamanho das plantas que planeamos utilizar na concepção do jardim, também é muito importante. Num ambiente em que toda a vegetação é do tipo arbustivo ou sub-arbustivo não faz grande sentido a colocação de grandes árvores que vão crescer criando uma espécie de muralha e criando situações de stress pela competição pela luz às espécies já existentes.

Nas cidades, em geral, e nos jardins residenciais em particular, a colocação de árvores ou plantas de grande porte implica um conhecimento rigoroso das suas características, sob pena de mais tarde terem de ser realizadas operações de poda e controle do porte, com os consequentes riscos de enfraquecimento e eventual morte da planta.

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