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Poda das Oliveiras

Este ano não foi muito bom para a colheita da azeitona, nem no Alentejo, nem no resto do país. O frio repentino fez com que azeitona ficasse enrugada e mole. Quando fomos fazer uma avaliação das nossas oliveiras aqui no Monte do Laranjal, optámos por fazer uma limpeza, ou poda, a quase todas. A única excepção foram umas oliveiras que tinham sido transplantadas há dois anos e que ainda precisam de mais tempo para consolidar o seu crescimento.


É muito importante manter o equilíbrio entre as raízes da árvore e a copa (parte aérea). Quando se trata de uma árvore jovem, a poda deve ser leve pois o tronco e ramos ainda são pequenos em relação ao sistema radicular. À medida que árvore vai envelhecendo, esta situação vai-se invertendo, e as podas têm que ser mais agressivas.


As oliveiras em que intervimos não são das mais antigas, daí que a poda foi um meio-termo. Nalguns casos mais fortes que outras. Os golpes feitos devem ser rentes ao tronco e inclinados. A parte interna da copa deve estar bem arejada e bem iluminada. Assim, escolhem-se os ramos exteriores para ficarem pois são os mais fortes e mais produtivos. A poda vai favorecer a produção de azeitona, no tamanho do fruto principalmente. Ajuda também na prevenção de algumas pragas e doenças.


Por último, é importante não cortar demasiado pois a árvore pode-se ressentir com as geadas. Devem-se deixar cerca de 3 a 4 pernadas principais a saírem do tronco principal da árvore.


Finalmente é de se aproveitar os ramos mais grossos que foram cortados para lenha. Embora não seja tão eficiente como a lenha de azinho, sempre ajuda a aquecer as casas no Inverno.