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Orquídeas: As Cattleya

São orquídeas de flores imponentes e dramáticas. As suas cores parecem muitas vezes irreais e as suas pétalas, sépalas e sobretudo o labelo, em muitas espécies parecem ter folhos ondulantes. Há espécies e híbridos mais pequenos, mas quando as flores atingem os 15 cm tornam-se impressionantes.

São plantas epífitas, ou seja, crescem agarradas a troncos ou ramos de árvores em florestas tropicais da América do Sul, em países desde a Costa Rica ao Brasil e Argentina.

A planta é constituída por um rizoma de onde nascem as raízes e também os pseudobolbos. Estes últimos podem ter vários tamanhos e formas sendo que, por regra, as espécies de pseudobolbos mais pequenos, gordos e arredondados têm normalmente uma só folha na extremidade do pseudobolbo e vêm de habitats mais quentes enquanto as espécies de climas temperados ou mais frios possuem pseudobolbos mais longos e finos, que terminam em duas ou três folhas por pseudobolbo. As folhas são alongadas e com uma dobra longitudinal ao centro. Na época de floração, geralmente o Outono, na base da folha aparece uma espata que protege os botões em desenvolvimento. Quando estes crescem o suficiente, rompem a espata e dão origem às flores.

As espécies de climas mais quentes na Primavera e Verão podem ser colocadas na rua, protegidas do sol mas no Inverno terão que ser colocadas no interior das nossas casas ou numa estufa aquecida. As espécies de climas temperados e mais frios podem ser cultivados todo o ano no exterior desde que em locais onde não se atingem temperaturas mínimas abaixo dos 5 graus e devidamente protegidas das geadas, ventos fortes e das chuvas.

Gostam de luz intensa mas sem sol direto, especialmente nas horas em que o sol está mais forte, correndo o risco de queimar a planta. As temperaturas ideais variam entre os 13 e os 28 graus e a humidade do ar entre os 50 – 60%. As regas devem ser semanais, podendo ser mais frequentes no Verão. A fertilização deverá ser quinzenal, com adubo diluído na água de rega.

Os vasos ideais são de barro e com muitos orifícios em baixo e dos lados para que o substrato tenha uma boa drenagem. Cestos de madeira também são bastante utilizados. Para substrato, muitas vezes utilizamos só casca de pinheiro mas podemos fazer uma mistura de casca com fibra de coco em pedaços e Leca em partes iguais. Se regamos pouco, devemos juntar um pouco de perlite. Há ainda quem utilize cortiça moída em pedaços pequenos (cerca de 1cm) ou ainda misturas com carvão vegetal, que vão absorver o excesso de sais minerais e, ao mesmo tempo, evitar a degradação rápida do substrato.

As Cattleya gostam de regas abundantes mas espaçadas, deixando a planta arejar e as raízes secarem entre regas. O equilíbrio das regas não é fácil de obter: Regas em excesso podem apodrecer as raízes e se muito espaçadas, podemos desidratar demasiado a planta que, numa Cattleya, é de difícil recuperação.

São plantas que precisam de um pouco de paciência no seu cultivo mas que não têm muitas dificuldades. O conhecimento das características da espécie ou híbrido ajudam sempre.