São originárias do continente asiático, desde os Himalaias até às Filipinas e Laos, passando pela China. Apesar de se cultivarem normalmente em casa ou no interior de uma estufa, no nosso país muitas espécies podem ser cultivadas no exterior em locais abrigados do sol e da chuva. Os Paphiopedilum (lê-se PA – FI – Ó – PE – DI – LUM) gostam de sombra, de ambientes mais frescos e húmidos, convém nunca deixar o substrato secar completamente, as raízes são diferentes das outras orquídeas, são finas, castanhas e com pilosidades.
Os Paphiopedilum podem crescer no solo, agarrados a rochas ou, mais raramente, como plantas epífitas, nos troncos das árvores. Nas nossas casas são cultivados em pequenos vasos com um substrato mais fino de modo a manter alguma humidade (uma mistura para orquídeas terrestres constituída por casca de pinheiro fina, musgo de esfagno ou perlite e fibra de coco). Nestas orquídeas podemos colocar um prato na base do vaso para manter a humidade. As regas deverão ser feitas se possível com água da chuva ou água destilada e só devemos aplicar um fertilizante uma vez por mês. De dentro das folhas nascem as hastes florais. Algumas espécies dão só uma flor, outras são multiflorais. A flor tem uma forma característica. Tem uma sépala dorsal geralmente grande e as outras duas sépalas estão fundidas formando um sinsépalo, as duas pétalas são muitas vezes pendentes e o labelo tem a forma de um copo parecendo também a parte frontal de um sapato, que originou a denominação comum de ‘sapatinho’.
As folhas são alongadas, com uma “dobra” longitudinal no centro. Podem ser completamente verdes ou podem ter manchas em tonalidades diferentes de verde. Costumamos dizer que os Paphiopedilum de folhas verdes são mais resistentes ao frio. Os de folhas “pintadas” gostam de temperaturas mais amenas.
Os reenvasamentos devem ser feitos na Primavera, depois da floração e só quando os vasos estão cheios de plantas. Se pretender dividir o vaso, faça-o de maneira a que fiquem sempre duas ou três plantas juntas em cada vaso e de modo a danificar o menos possível as raízes. Não utilize vasos muito grandes, só o bastante para a planta crescer durante mais 2 anos. Demasiado espaço no vaso atrasa as florações podendo a planta estar anos sem florir.
Aconselha-se a quem se quer iniciar no cultivo de Paphiopedilum a começar pelos híbridos. Existem já muitos no mercado, de cores e formas variadas. Geralmente são mais resistentes e de cultivo mais fácil do que as espécies.
O C.O.P. – CLUBE DOS ORQUIDÓFILOS DE PORTUGAL é uma associação sem fins lucrativos que tem como objetivo juntar os portugueses que gostam de orquídeas divulgando estas jóias botânicas, tanto no seu cultivo como plantas ornamentais, como também na sua história e em todos os aspetos em que as orquídeas estão presentes na sociedade e cultura.
Aberto a gente de todas as idades, o clube tem já associados spalhados por Portugal continental e ilhas. A partilha de experiências terá lugar em encontros, workshops, cursos, presença na internet (Webpage, Blog, Facebook, Youtube, etc), publicações, exposições e concursos, pequenos passeios pela natureza e grandes viagens pelo mundo. Onde houver orquídeas, nós estaremos lá!
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