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As Folhas de Outono

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[i]Fotos: Portal do Jardim[/i]

Por esta altura do ano, encontram-se sempre muitas folhas pelo chão, amarelas, castanhas, vermelhas. As árvores preparam-se para o Inverno, e as que são de folha caduca, perdem os seus casacos até chegar a próxima Primavera. Aqui ficam algumas folhas que poderá encontrar nesta altura num passeio por um parque ou jardim. Três são de folha caduca, e uma de folha persistente. São árvores comuns e que podemos facilmente reconhecer por Portugal fora. Deixamos também algumas histórias associadas a cada uma, com a excepção do Plátano, que até à data não encontrámos. Se souber alguma história, mítica ou não, ajude-nos a completar esta informação.

Folha de Castanheiro

[b]1. Castanea sativa[/b]
Nome vulgar: Castanheiro
Família: Fagaceae
Árvore de folha caduca, tem porte estendido esférico. As folhas são lanceoladas de margem dentada e cor verde-escuro. O fruto é comestível (castanha).
Nativa do Sudoeste asiático.

“Esta é uma lenda que remete para o tempo das perseguições aos Templários. Conta a história que os Templários, antes de saírem de Castelo Novo, pela mão de um jovem sargento, esconderam a imagem da Senhora do Mosteiro no tronco de um castanheiro nas imediações do antigo mosteiro. Anos mais tarde, um pastor que andava por esse local, teve uma visão da Senhora que era a imagem da Santa escondida no castanheiro. Nesse mesmo dia chega à aldeia um velho romeiro que pede ao alcaide de então, D. Pedro, para passar no mosteiro o resto dos seus dias. D. Pedro não só acede ao seu pedido, como manda construir um novo mosteiro no lugar onde apareceu a imagem da Santa. Esse local ainda hoje existe e é a capela de São Brás, à entrada da Aldeia Histórica”

Fonte: https://www.eb1-estacao-castelo-novo.rcts.pt/lendas.doc

 

Folha de Plátano

[b]2. Platanus x hispanica (híbrido das espécies P. occidentalis e P. orientalis)[/b]
Nome vulgar: Plátano
Família: Platanaceae
Árvore de folha caduca, tem porte arredondado, híbrido fértil, e as folhas são palmadas, tri ou pentalobadas. São verde-claras.

 

[b]3. Ficus macrophylla[/b]

Nome vulgar: Ficus
Família: Moraceae
Árvore de folha persistente, os mais velhos têm raízes aereas.
Nativo da Austrália

Folha de Ficus

É conhecida como Árvore da Borracha, embora seja mais correctamente apelidada de Figueira da Austrália. “Junto à fonte dos encontros,” na Quinta das Lágrimas em Coimbra, “vive uma figueira da Austrália, a que a família se habituou a chamar árvore da borracha. Este exemplar gigantesco, que não se acanha na extensão das suas raízes, fica próximo de outras duas árvores entrelaçadas, nas quais se vê mais um sinal do mítico amor de Pedro e Inês.”
Fonte: https://cucp.no.sapo.pt/toppage1.htm

 

[b]4. Tilia platyphyllos[/b]
Nome vulgar: Tília-das-folhas-grandes
Família: Tiliaceae
Árvore de folha caduca. As folhas são grandes de ápice ponteagudo e base cordiforme, peciolo de folha pubescente. Flores brancas-amareladas.

 

Folha de Tília

Na fronteira entre a Républica Checa, a Polónia e a Alemanha, no Vale de Jizerských hor, um pobre artesão precisava de madeira para trabalhar, e decidiu ir procurá-la, deixando em casa a sua pobre mulher doente e uma pequenina filha. Quanda já estava de regresso, descansou debaixo duma tília onde adormeceu e teve um sonho muito estranho. A árvore iluminou-se e dois anjos que estavam sentados na sua copa disseram-lhe: «Encontraste um lugar lindíssimo que agradou a Deus. Vai e traz uma estatueta da Mãe de Deus, para que cada um que por aqui passe no futuro pare e possa agradecer a Deus». Quando acordou hesitou por um momento mas acabou por ir à próxima cidade para comprar a estatueta. Voltou e fixou-a à tília onde tinha descansado. Mais tarde voltou com a sua mulher e filha, para juntos orarem, e a sua família como por milagre foi curada. A notícia sobre o milagre espalhou-se rapidamente. E a este local começaram a afluir peregrinos de longínquas paragens. Em vez da tília foi construída uma capela de madeira, em que o carpinteiro deixou gravada a data da sua construção, 1211. Como, com o decorrer dos tempos, a capela não chegava para os peregrinos(…) e após várias reconstruções, a basílica, que lá hoje se encontra, Nossa Senhora da Visitação foi construída por Tomáš Haffenecker, entre 1722 e 1729.
Fonte: https://www.czechtourism.com/index.php?show=000003002&lang=10