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À conversa com José Freire

Nasceu em 1946 no Fundão, e após ter cessado a sua atividade profissional, intensifica o seu percurso artístico através duma intensa observação dos materiais e formas de trabalhar o azulejo.

Apaixonado pela arte do mosaico e pela azulejaria, percorreu vários pontos do País e da Europa, preocupando-se sempre por conhecer as técnicas e obras dos grandes mestres deste tipo de arte.

Inspira-se na arte do mosaico, nas várias correntes da azulejaria e na técnica “alicatado” (em voga nos séculos XVI e XVII ) para exprimir a sua arte de não pintura.

Portal do Jardim (PDJ) – Para um ex-bancário esta é sem dúvida uma atividade improvável. Como surge o gosto por este trabalho de minúcia e tão diferenciado?

José Freire (JF) – De facto, e à primeira vista, poderá ser estranho um ex-bancário enveredar por este tipo de trabalho, mas, na realidade, o estranho talvez tenha sido ter passado 35 anos da minha vida como bancário, quando no meu ADN estava a arte, como primeira escolha. Mas o percurso das nossas vidas nem sempre se faz pelos trilhos do óbvio … talvez mais pelas conveniências !

PDJ – Percebemos que alia o gosto pelo azulejo com alguns pintores consagrados? No fundo duas artes que se fundem?

JF – O que eu pretendo com a forma com que trabalho o azulejo, é divulgar esta peculiar e secular técnica, e faço-o muitas vezes recorrendo à reprodução de quadros / pinturas de artistas consagrados, para demonstrar que também se podem fazer quadros sem utilizar óleos, guaches, tintas, espátulas ou  pincéis.

Note-se que os quadros feitos com esta técnica poderão durar muito mais tempo que os feitos nas telas ou noutros suportes tradicionais.

PDJ – E trabalhos que tenham temas originais como surgem?

JF – Os temas originais surgem quase sempre a partir dum conjunto de conceções que pairam na nossa mente, e que numa determinada altura são transpostas para o trabalho que se pretende fazer.

PDJ – Pelo ritmo de exposições que faz ao longo do ano depreendo que são a principal forma de divulgação e de mostra ao público em geral, ou existem outros meios de puder ver o seu trabalho?

JF – Apesar de hoje existirem as mais variadas formas de divulgação da arte,

julgo que a verdadeira expressão da arte só se consegue atingir com a apresentação das peças ao vivo, através das  tradicionais exposições .

De qualquer forma, os trabalhos que executo poderão ser vistos quer através do Google, quer de publicações feitas pelos locais onde executo as minhas exposições quer através do meu website.

PDJ – Como tem sido a recetividade do público perante estes seus quadros?

JF – A recetividade dos trabalhos que executo em ” azulejo alicatado ” ( perdoe-se-me a imodéstia ) tem sido simplesmente espetacular. E não só do público em geral, mas muito particularmente por parte quer dos apreciadores de arte, quer dos diretores e responsáveis dos mais variados locais por onde tenho exposto os meus trabalhos.

PDJ – Que tipo de cuidados/acabamento são necessários caso sejam para colocar no exterior? Estou a pensar na decoração dos jardins, terraços ou varandas.

JF – Os cuidados a ter na execução de quaisquer painéis no exterior ( expostos a todo o tipo de condições atmosféricas ) que se pretenda colocar quer em jardins, terraços ou varandas estão devidamente testados.

Pelos trabalhos já executados podemos assegurar total garantia da sua preservação.

PDJ – Que projetos para o futuro.

JF – Como o futuro é o segundo, o minuto, a hora, o dia. o mês, o ano … e a contínua movimentação de toda esta sequência, e como vivo o que faço,para o futuro os meus planos passam por aprofundar cada vez mais a arte que prossigo e vir a expô-la no estrangeiro.

Tem neste momento duas exposições a decorrer:

No  Salão Internacional da Galeria de Arte Algarve – no edifício da Adega Cooperativa de Lagoa – inaugurada a 15 de Junho e patente até ao dia 14 de Setembro de 2013

Na Galeria ” Artes & Barricas ”  na Rotunda de Porches – Algarve.

Para saber mais visite www.outraarte.com