O cânhamo é uma das grandes relíquias do reino vegetal. É uma das plantas com um espetro maior de utilizações que se conhece: desde o fabrico de fibras utilizado para confecionar roupas resistentes, velas e cordas para barcos, papel, casas acessórios, produtos de cosmética, alimentação, medicina. O pedaço de têxtil mais antigo que se conhece é feito de cânhamo e está datado de 8000 a.C.
Ao longo de toda a história tem sofrido perseguições determinadas por interesses essencialmente económicos manipulados pelas grandes multinacionais como DUPONT a quem nunca interessou que o cânhamo fosse legalizado pois este estaria a competir abertamente com o algodão que necessitava dos fertilizantes químicos e adubos que eles produziam. Iria também tirar o lugar ao nylon que esta empresa (uma das mais diabolicamente poderosas e perigosas do planeta) conseguiu patentear em 1937, proibindo ao mesmo tempo o cânhamo que era e continua a ser uma das plantas mais amigas do ambiente. Mas sustentabilidade e Dupont são palavras que nunca combinaram bem.
As sementes de cânhamo são uma das maiores fontes de proteínas vegetais, rica em vitaminas e minerais como o ferro, zinco, magnésio, fósforo, enxofre, potássio, cálcio, etc. são ricas em ómegas 3, 6 e 9, ácido linoleico e gamalinoleico, flexibilizando as artérias, ajudando assim no combate ao colesterol e prevenindo problemas cardiovasculares. Melhora o estado da pele e estimula o crescimento das unhas e do cabelo. Útil no tratamento de artrite, reumatismo e estados inflamatórios (entre eles o glaucoma). Baixa o colesterol e a tensão arterial. Combate as náuseas causadas pela quimioterapia.
Existem no mercado muitos produtos fabricados com sementes de cânhamo desde o óleo, aos bolos e bolachas, chocolates, pão etc.
Na cosmética é também utilizado em champôs e cremes antirrugas e hidratantes da pele.
FERNANDA BOTELHO nasceu em Tojeira/Sintra em agosto de 1959.
Aos 18 anos viaja para Londres onde estuda antroposofia e plantas medicinais e pedagogia Montessori.
Fez o curso de guia de jardim botânico com a Alexandra Escudeiros e gostou tanto que repetiu no ano seguinte.
Apaixonada por jardins botânicos, é frequentadora assídua de Kew gardens. Absorve o que vê, fotografando e escrevendo.
Publica anualmente desde 2010 agendas de plantas medicinais, três livros infantis “Salada de flores” “Sementes à solta” e “Hortas aromáticas”. “As plantas e a saúde, guia de remédios caseiros”. É colaboradora do programa Eco-escolas desenvolvendo projetos de plantas medicinais e hortas sustentáveis nos espaços escolares com professores e alunos.
É convidada regular da RTP 1, organiza passeios botânicos e dá workshops sobre plantas medicinais.
Blogue Malva Silvestre.
Fantástico resumo das potencialidades desta planta! Infelizmente os interesses financeiros mundiais continuam a sobrepor-se aos interesses humanitários. Triste.. 🙁
Muito interessante, realmente a planta é algo muito útil. Irei dividir o texto no meu blog. muito obrigado.
CHEGA! de preconceitos. vamos olhar pros beneficios, e as riquezas que a nossa fauna, e flora nos oferece. AFINAL o tabaco prejudica de VERDADE e ninguem dis nada.vc ja ouviu falar que alguem morreu de canser por fumar maconha?ENTAO. legalize ja.
Eu uso um creme para as maos, o melhor que já experimentei, feito com esta planta. Creme da Bodyshop.
Concordo…se qualquer pessoa tem lucia-lima, cidreira, etc. para infusões ou para usar na produção de sabão natural, enfim, porque não podemos ter esta planta para uso caseiro! Parabens
nunca experimentei nada feito a base da planta mas vou fazer questão
Finalmente alguem fala da minha planta favorita,a unica planta á face da terra que dá para fazer tudo o que nos passe pela cabeça,desde vestuario a combustiveis com a vantagem de tudo ser biodegradavel.Aconselho toda a gente a ler o livro da fundação Jack Herer que se chama “O Rei vai nu” e irão perceber que a proibição do canhamo foi e continua a ser a maior hipocrisia do seculo XX,pois ela foi feita para proteger o interesse dos madeireiros e das petroliferas.