Fotografia: Vasco de Melo Gonçalves
É um espaço que se desenvolve numa zona da cidade com grande pressão de tráfico e com um nível de ruído elevado. Mas a sua beleza e as suas funcionalidades conseguem amenizar estes impactos.
O lago, elemento central do jardim, foi impermeabilizado e remodelado de modo a potenciar a sua relação com o edifício do Caleidoscópio, nomeadamente na incorporação de uma superfície de estada. Contempla agora um novo sistema de tratamento simplificado e sinergético com a rede de rega, utilizando o recurso hídrico subterrâneo. Por outro lado, e de forma a contribuir para o aumento da eficiência hídrica do Jardim o sistema de drenagem foi concebido de modo a otimizar os usos da água das chuvas.
De forma a minimizar o impacto negativo da circulação rodoviária ao redor do jardim, foi privilegiada a instalação de uma orla arbustiva densa associada à modelação do terreno”.
No jardim podemos encontrar os mais diversos exemplares botânicos, alguns bastante raros, como palmeiras das Canárias, pinheiros, eucaliptos, acácias, amoreiras de papel, figueiras, pimenteiras, tílias, incenso, jacarandá, grevídea, bordo e castanheira da índia vermelho, etc. Também muitas espécies de aves nidificam e podem ser observadas, nomeadamente os pintassilgos, os pardais, os chamarizes, as toutinegras carrasqueiras e os maçaricos das rochas.
O edifício de 2 700m² foi projetado em 1971 pelo arquiteto Nuno San Payo e integra um painel cerâmica em relevo de autoria da ceramista Maria Emília Silva Araújo. O projeto de reabilitação do Edifício do Caleidoscópio foi da autoria do Arquiteto Pedro Lagrifa Oliveira, tendo-lhe sido atribuída uma Menção Honrosa do Prémio Valmor no ano da sua inauguração, em 2016.
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