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Palácio Nacional de Queluz – Reabertura do Jardim

Os jardins de Queluz foram desde a primeira hora objecto de grandes cuidados e tanto os jardins de aparato com um traçado “à francesa”, o Jardim Pênsil e o Jardim de Malta, como o resto do Parque, foram profusamente decorados com lagos, fontes e conjuntos escultóricos.

Para além das esculturas em chumbo da autoria de John Cheere, vindas de Inglaterra, que reforçaram a imponência dos jardins de Queluz, vieram de Itália (Génova) figuras de mármore, estátuas, bustos e vasos, entre 1757 e 1765, encomendas efectuadas através do italiano Nicolau Possolo, estabelecido em Lisboa.

As diversas encomendas eram avaliadas à chegada a Queluz, sendo então decidido o local para onde se destinavam. As esculturas iam mudando de localização à medida que o jardim se desenvolvia e a decoração se alterava. Esta constante criação de efeitos cenográficos, tão ao gosto do século XVIII, tinha também reflexo nos próprios interiores, alguns dos quais ainda hoje podemos admirar no Palácio de Queluz.

Os jardins oferecem ao visitante todo um percurso mitológico a descobrir, onde abundam os deuses e os heróis da Antiguidade Clássica. Espaço privilegiado de lazer e cenário de inúmeras festas e passatempos da Família Real, que neles assistia a espectáculos de fogo-preso, touradas, cavalhadas e a passeios de barco no Canal dos Azulejos, os jardins conservam ainda muito do encanto e beleza de outrora.

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A RECUPERAÇÃO DOS JARDINS DO PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ

A recuperação dos Jardins do Palácio Nacional de Queluz representa um vasto programa de intervenções, cruzando as áreas da gestão do património edificado, com o património móvel integrado e o património natural, num entendimento comum de salvaguarda de um conjunto monumental impar na herança cultural portuguesa.

O Plano Director de recuperação dos jardins do Palácio Nacional de Queluz integrou e prossegue as seguintes prioridades de intervenção:

A intervenção de requalificação do coberto vegetal dos jardins e parque, em grande parte dos 16 hectares que compõem a Real Quinta de Queluz, tem vindo a ser prosseguida pelo Palácio Nacional de Queluz

Um extenso programa de conservação e restauro das magníficas esculturas em pedra e em chumbo (ver textos e imagens específicos) que se deve ao World Monuments Fund.

A recuperação do Canal de Azulejos: que envolveu a recuperação do leito da ribeira do Jamor que percorre o Canal, também financiada pelo World Monuments Fund e pressupõe ainda a intervenção na maior superfície azulejar ao ar livre – 110 metros de painéis de azulejos da 2ª metade do século XVIII, em fase de programação por parte do World Monuments Fund.

A recuperação de 18 Lagos e Fontes, a maioria das quais de desenho do arquitecto Jean-Baptiste Robillion (que teve um papel central nas obras de ampliação do Palácio e desenho dos Jardins, entre 1760-1786), promovida pelo World Monuments Fund (em curso, prevendo-se cerca de 15 meses de intervenção, com possibilidade de acompanhamento por parte do público).


A reabertura do jardim ao público dá ao visitante a oportunidade de acompanhar parcialmente as intervenções de conservação & restauro em curso, componente importante de sensibilização para a salvaguarda do património cultural. O percurso de vista inclui o eixo que liga a fachada das cerimónias e os jardins superiores à Cascata Grande e o circuito que vai desde o Pavilhão Robillion à Fonte de Neptuno.

Este percurso bastante abrangente convida a uma permanência e fruição dos Jardins e Palácio de Queluz.

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Informações úteis:

Horário de visita dos jardins do Palácio Nacional de Queluz: das 9.00 h às 18.00 h.

O Palácio encerra às 3ªas feiras

Ingresso: Palácio e Jardins: 5 €; Jardins: 3 €.

Passe do visitante frequente: 14 €

Entrada gratuita aos domingos e feriados até às 14.00 h.

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