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A Estufa Fria é um dos mais importantes espaços verdes existentes em Lisboa. Autêntico Museu Vivo a Estufa Fria constitui um dos ex libris da cidade, sendo um dos locais mais visitados por alunos e turistas.

Inicialmente pensada como um abrigo para plantas [a terminologia estufa pode ser usada com este sentido], a Estufa Fria manteve sempre essa função, enquanto reunia um espólio vegetal magnífico, proveniente de todos os cantos do mundo.

O nome “Estufa Fria” resulta do facto de esta não utilizar qualquer sistema de aquecimento. As diferentes características das outras estufas [ambas para plantas mais exóticas], com cobertura de vidro, por isso com temperatura mais elevada, distinguem-nas como estufas quentes. O ripado de madeira que cobre a Estufa Fria, substituindo os velhos estores de madeira usados em tempos, serve para proteger as plantas do rigor do Inverno e do calor excessivo no Verão. Essas ripas inamovíveis condicionam a intensidade da luz, proporcionando uma temperatura adequada ao desenvolvimento de espécies originárias de diversos países ou regiões: China, Austrália, México, Perú, Brasil, Antilhas, Península da Coreia entre outras. São de referência obrigatória o Feto arbóreo- da-tasmânia [Dicksonia antarctica], a Azálea [Rhododendron spp.] ou os diferentes cultivares de Cameleira [Camellia japonica].

No interior da Estufa Quente, numa área de 3.000 m2, convivem plantas tropicais, das quais se destacam o Cafeeiro [Coffea arabica], a Mangueira [Mangifera indica] ou a Bananeira [Musa spp.].

A Estufa Doce, a mais pequena de todas, com apenas 400 m2, é a casa das Cactáceas. Plantas gordas, assim chamadas devido às suas folhas grossas e de consistência gelatinosa, aqui podemos encontrar os seus membros mais conhecidos, os cactos. Vale a pena observar as formas da Cadeira-de-sogra [Echinocactus grusonii], do Cleistocactus straussii ou do Aloé [Aloe vera]. De realçar ainda o reaproveitamento das muitas pedras que ornamentam a Estufa e fazem parte das escadarias, cascatas e pequenos lagos existentes, originárias da pedreira de basalto aqui existentes. Por entre a vegetação é possível descobrir algumas peças de estatuária que contribuem para o encanto deste verdadeiro “museu vegetal” onde o tempo passa devagar e aprazível.

Equipamentos: Instalações sanitárias, sala com cerca de 800 m2 destinada a aluguer para eventos. Jardim de cactos com várias espécies, Viveiro com peixes de água doce, Regatos, Cascatas e nichos, Pequenos lagos, Estatuária.

Exemplos de Fauna: Pavões,  patos,  piriquitos, canários, rolas, peixes, tartarugas e rãs.

Exemplos de Flora: Fetos Arbóreos, Palmeiras, Nenúfares e Begónias

Património Edificado e Artístico: Estatuária “Vento Garroa” de Domingos Soares Branco, “Nu de Mulher” de Anjos Teixeira (Filho) e “Menina calçando a Meia” de Leopoldo de Almeida. “Rei Eduardo VII” de Albert Bruce-Joy. Torre de entrada – projecto de Keil do Amaral.

História: No local onde actualmente se encontra o complexo da Estufa Fria existia, na viragem do séc. XIX, uma pedreira de onde se extraía basalto. Devido à existência de uma nascente de água que comprometia a extracção da pedra, a pedreira deixou de laborar. A cova da pedreira foi então aproveitada por um modesto jardineiro para albergar espécies vegetais oriundas do mundo inteiro, que iriam servir no plano de arborização da Avenida da Liberdade. A 1.ª Guerra Mundial atrasa este plano e as plantas vão criando raízes no pequeno local abrigado. Em 1926, o arquitecto e pintor Raul Carapinha, tendo ali encontrado um agradável espaço verde, idealiza um projecto para o transformar na Estufa, a qual é concluído em 1930 e inaugurado oficialmente três anos depois. Nos anos 40, todo o Parque Eduardo VII sofreu alterações, adoptando a forma que actualmente lhe conhecemos. A Estufa não foi excepção e, para além do reenquadramento e remodelação da entrada, foram criados o lago fronteiro e uma enorme sala, por baixo da alameda do Parque: a “Nave”, usada durante anos como teatro municipal. Actualmente, é palco pontual de eventos culturais e lúdicos. Em 1975, foram abertas ao público a Estufa Quente e a Estufa Doce, ideias do Eng.º Pulido Garcia, destinadas à exposição permanente de plantas tropicais e equatoriais.

Fonte: CML

Nota: A ESTUFA FRIA ESTÁ ENCERRADA AO PÚBLICO POR UM PERÍODO INDETERMINADO

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