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O Jardim Guerra Junqueiro, mais conhecido por Jardim da Estrela, é um espaço único na cidade, pelo conjunto de características que protagoniza. É um jardim fechado por um belo gradeamento em ferro, com portões que permitem a entrada por quatro lados. Uma das peças notáveis deste jardim é o coreto, em ferro trabalhado, outrora “palco de frequentes concertos filarmónicos”.

Localização: Praça da Estrela, 1200-667 Lisboa

Freguesia: Lapa

Área: 4,6ha

Equipamentos: Instalações sanitárias, Casa de Ferramentas, Lago, Miradouro, Coreto, Jardim de Infância, Centro de Dia, Biblioteca, café-Esplanada, Parque Infantil, polidesportivo Informal.

Fauna: Cágados, Patos, Guarda-rios, Melros, Carpas

Flora: Árvore-sumaúma, Rosa-mexicana, Ginkgo, Grevilea, Barbusano, Araucária-colunar, Árvore-orquidia, Casuarina, Cedro-do-atlas, Alfarrobeira, Feijoeiro-da-índia, Freixo, Castanheiro-da-Índia, Acácia-espinhosa, Coco-de-cachorro, Perna-de-moca, Lodão-bastardo, Loureiro-da- Nova -Zelândia, Kentia, Magnólia, Palmeira, Bambu-gigante, Pinheiro-das- Canárias, Pinheiro-do-Alepo, Sequóia-sempre-verde, Taxódio, Teixo.

Património Edificado e Artístico: Alegoria (escultura em lago)” (2), estátuas “João de Deus”, “Actor Taborda”, “Antero de Quental”, “O Cavador”, “Guardadora de Patos”, “Despertar”.

História: O jardim, originalmente “Passeio da Estrela”, foi construído em meados do século XIX por iniciativa do Marquês de Tomar, em terrenos adquiridos pela CML graças a um donativo do benemérito Barão de Barcelinhos no valor de “cinco contos de reis”. A construção do jardim contou também com um donativo equivalente de Joaquim Manuel Monteiro, que mais tarde recebeu o título de Visconde, e depois Conde da Estrela.  A construção do jardim teve início a 30 de Setembro de 1842 contando com a ajuda do arquitecto, Pedro José Pezerat. As plantações foram orientadas pelos jardineiros João Francisco e o francês Jean Bonard, sendo inaugurado a 3 de Abril de 1852. Surgia assim, na Capital um jardim diferente, reflectindo no seu traçado, a nova concepção romântica de parque à inglesa.

Fazendo um inteligente aproveitamento dos acidentes do terreno, tornou-se possível construir uma colina artificial com vista sobre o Tejo e uma gruta subterrânea, ao mesmo tempo que todo o espaço era percorrido por alamedas sinuosas e embelezado com lagos, uma vistosa cascata, estufas, quiosques e um elegante pavilhão chinês, traçado por Pezerat. O mais sensacional atractivo da Estrela veio de África e foi oferecido pelo explorador africano Paiva Raposo em 1870: um leão, tendo sido, até morrer, o atractivo deste jardim.

Ao mesmo tempo que com o desenvolvimento da vegetação, se foi transformando num aprazível retiro sombreado, o Jardim da Estrela foi sido enriquecido com novas obras de arquitectura transferidas de outros locais, como é exemplo o coreto que foi retirado da Av. da Liberdade.

Em 1931, o número de árvores do Jardim da Estrela era de 838 com 32 espécies diferentes. Nas estufas do Jardim, havia já nesta década numerosas variedades de plantas, e era neste local que era permitida a venda ao público de flores dos jardins municipais.

Pela importância da floricultura, e pelo facto de constituir elemento de atracção neste jardim, desde 1852 que eram aí organizadas exposições com exemplares obtidos no estrangeiro (begónias, gloxínias, crisântemos e dálias); durante a Grande Guerra as anuais e patrióticas Festas da Flor, promovidas pelo O Século, em benefício dos soldados feridos; a festa das Florinhas da Rua, em 1921, no ano seguinte, a da Semana de Lisboa e uma Exposição Nacional de Floricultura, em 1943 foram alegrando a vivência do Jardim.

Para além do coreto e da floricultura, o Jardim da Estrela era único pelas estátuas e  bustos que  ainda hoje o embelezam.

Rebaptizado oficialmente, em homenagem ao poeta Guerra Junqueiro, este Jardim continua a ser para todos os alfacinhas apenas e unicamente, o Jardim da Estrela, nome que lhe advém do bairro popular onde está localizado. Hoje, este espaço verde lisboeta insiste em intimista e romântico cento e cinquenta e cinco anos depois.

As intervenções mais significativas neste jardim nos últimos três anos foram as seguintes: plantação de 48 árvores, substituição de toda a rede de colectores de água pluviais, pavimentação de todo o Jardim em betuminoso de pigmento rosa, substituição das valetas em vidraço de calcário branco, colocação de novas sarjetas em ferro fundido trabalhado, 200 bancos ripados em madeira e 125 papeleiras também em ripado de madeira.

Horário: Aberto das 07h às 24h

Acessibilidades: Autocarros (Carris): 9, 713, 720, 738, 773

Electricos (Carris): 25E, 28E

Metro:  Linha Amarela (Estação Rato)


Fonte:CML

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3 Comments

  1. margarida marcelino 12 de Agosto de 2010

    Gostei muito de conhecer esta pequena história do Jardim da Estrela, jardim da minha infância, da da minha filha e actualmente dos meus sobrinhos. É lindo este jardim e deveria ser muito bem preservado, o que nem sempre se verifica. Quando eu era pequena havia inúmeros pavões e os jardins estavam sempre bem tratados e repletos de lindas flores. O miradouro esteve anos em ruínas e já há dois anos fechado para manutenção. É uma pena, até já trouxe amigos estrangeiros que ficaram fãs do jardim mas que lamentam, já por dois anos seguidos, não poderem ver as vistas do miradouro.

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  2. DIRCE 24 de Julho de 2014

    Lindo esse jardim, que as futuras gerações possam usufruir desse local maravilhoso.

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  3. Rosário 28 de Dezembro de 2015

    Gostaria de saber o nome daquela bela árvore de grande porte que tem belas e grandes flores cor de rosa pendentes com muitas pétalas que me fizeram lembtar peonias

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