As obras de “Point of View”, exposição coletiva, site specific, que inaugurará no Parque da Pena a 25 de maio, começam a ganhar forma. Para a construção destas instalações artísticas, que estão a ser estrategicamente criadas em diferentes pontos do Parque, estão a ser utilizados sobretudo materiais naturais que o próprio local oferece.
A exposição, com direção artística de Paulo Arraiano, reúne dez artistas de diferentes nacionalidades, reconhecidos internacionalmente, sendo que Alberto Carneiro (Portugal), Bosco Sodi (México), Gabriela Albergaria (Portugal), Paulo Arraiano (Portugal), Stuart Ian Frost (Reino Unido), Nils-Udo (Alemanha) e NeSpoon (Polónia) são os sete artistas que já começaram a trabalhar nas suas obras. As peças estão a ser criadas em diversas zonas como Vale dos Lagos, Jardim Inglês ou Feteira da Rainha, estando prevista a criação de uma edição especial do mapa do Parque da Pena, que conterá a localização específica de cada obra.
Alexandro Farto/Vhils (Portugal), Antonio Bokel (Brasil) e João Paulo Serafim (Portugal) são os três artistas que ainda irão começar a trabalhar nas suas obras, sendo que todas estarão finalizadas até ao dia da inauguração.
“Point of View” estará patente no Parque da Pena durante um ano (até 25 de maio de 2017) e neste período as obras não serão alvo de manutenção, uma vez que o amadurecimento natural de cada peça faz parte do conceito da exposição.
O projeto pretende assinalar o bicentenário de D. Fernando II, o “rei-artista”, criador do Parque da Pena. Pretende-se enriquecer a experiência dos visitantes ao levá-los a “perderem-se” no Parque, explorando as suas diferentes perspetivas e “pontos de vista”. Desta forma, “a relação entre Homem e Natureza é sentida, numa total simbiose, tal como o rei D. Fernando II pretendeu”, refere a Diretora do Projeto, Sofia Barros. O nome “Point of View” advém, precisamente, da expressão francesa Point de Vue, utilizada na arquitetura paisagista, e que se relaciona com o conceito de perspetiva.
O Diretor Artístico, Paulo Arraiano, explica que “dez artistas trabalham como agentes de reconexão e diálogo entre o binómio Homem/Terra, através de um processo de acupuntura geográfica, criando, assim, diferentes diálogos in situ com um organismo vivo. ‘Point of View’ pretende celebrar e relembrar essa correlação e colaboração iniciada por D. Fernando II em 1838, após a criação de um ponto nevrálgico para património cultural da humanidade”.
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