A sua distribuição geográfica é extremamente reduzida, pois encontra-se principalmente no litoral da Carolina do Norte e alguns locais na Carolina do Sul.
Atualmente é uma planta em risco de extinção no seu habitat natural, embora seja muito cultivada por todo o mundo em estufas para comércio ou por colecionadores particulares.
Características e comportamento estação a estação
É uma planta pequena com apenas algumas folhas que emergem de um igualmente pequeno rizoma que se desenvolve horizontalmente logo abaixo da superfície do solo.
As folhas propriamente ditas formam uma estrutura semelhante a um bivalve marinho que se fecha para capturar as suas presas, estas armadilhas estão colocadas na ponta do pecíolo que na maior parte dos casos é maior do que o comprimento da própria folha.
O tipo de folhas que a planta gera vai variando ao longo do tempo , as primeiras folhas surgem no início da Primavera e possuem um pecíolo mais curto e largo, no fim da Primavera , inicio do Verão surgem umas folhas com um pecíolo mais comprido e fino e as armadilhas atingem o seu tamanho máximo nesta altura. A chegada do Outono e das temperaturas mais baixas origina a formação de folhas semelhantes ás da Primavera ou ainda mais pequenas. Com o Inverno e a descida da temperatura associada, a planta entra em período de dormência e pára de crescer totalmente podendo mesmo perder todas as folhas.
Dependendo da temperatura e do fotoperíodo a que as plantas estão sujeitas podem não perder todas as folhas e apenas diminuir a velocidade de crescimento durante o Inverno.
Para um crescimento saudável deve-se respeitar este período de dormência, as condições climatéricas em Portugal são adequadas a esta espécie logo as plantas desenvolvem-se melhor se forem mantidas num local que esteja sujeito ás temperaturas exteriores durante o ano todo.
A floração ocorre a seguir á primeira geração de novas folhas sendo geralmente no fim da primavera. O caule floral é extremamente comprido, em comparação com o diâmetro da planta, do qual nascem várias flores num pequeno aglomerado. As flores são brancas de beleza modesta e quando polinizadas geram pequenas sementes pretas e brilhantes.
As condições necessárias ao sucesso na manutenção
Para esta espécie são relativamente simples, mas na maioria das vezes a planta comprada por curiosidade acaba por morrer apenas por desconhecimento das suas necessidades mais básicas.
Deve ser mantida num vaso que tenha um diâmetro um pouco maior do que o diâmetro da planta no Verão que é a época em que atinge o seu comprimento máximo, o método de rega mais adequado é o método do prato com água por baixo do vaso que deve ser reabastecida sem nunca deixar o prato ficar sem água porque a sua falta é critica para a dionaea principalmente nos dias mais quentes de Verão.
Um solo que funciona bem é uma mistura de turfa com perlite em proporções iguais. A dionaea gosta de muita luz adquirindo a sua coloração mais atraente se estiver exposta ao sol direto.
Um mito que surge muitas vezes em relação á dionaea é a necessidade de cortar o caule floral com apenas alguns centímetros de altura e antes que se desenvolva porque isso iria retirar muita energia á planta que podia acabar por morrer, isto não é verdade, embora a floração seja realmente um gasto energético para as plantas, não é causa de morte e deve ser equacionado de outra forma, se não houver interesse em obter sementes é preferível cortar o caule floral logo no início do seu desenvolvimento e poupar á planta a energia que iria gastar em flores que será desta forma direcionada para o crescimento normal da planta ou seja para mais e maiores armadilhas.
Existem vários métodos, as sementes são a forma mais demorada na obtenção de plantas adultas, mas se for este o método escolhido as sementes devem ser colocadas á superfície do solo, sem enterrar, na época em que ficam disponíveis, quanto mais frescas maior será a taxa de germinação. Por este método obtêm-se plantas adultas ao fim de quatro ou cinco anos. O vaso com as sementes deve ser tratado como se contivesse uma planta adulta.
Outros processos mais rápidos incluem vários métodos de propagação vegetativa, como a divisão do rizoma e o uso de folhas.
O método da divisão do rizoma é bastante simples se forem seguidas algumas indicações, a forma mais fácil acontece quando o rizoma desenvolve dois ou mais pontos de crescimento distinto de folhas e que retirando o rizoma do solo podem ser facilmente identificados e separados, nesta separação podem ser utilizados utensílios de corte ou pode-se separar simplesmente usando os dedos. Deve-se ter em atenção o pormenor de tentar que cada uma das partes do rizoma dividido possua algumas raízes, se isso acontecer a taxa de sucesso deste processo de propagação é bastante elevada, e é o mais rápido na obtenção de plantas adultas. A divisão do rizoma dever ser efetuada no inicio da primavera quando a planta der sinais de estar a sair da dormência.
Outra hipótese é a utilização de folhas individuais, retira-se uma ou mais folhas e colocam-se horizontalmente no solo ou em musgo esfagno e cobre-se ligeiramente com solo a ponta que estava agarrada ao rizoma. A folha deve ser retirada o mais inteira possível, devendo mesmo conter um pouco da parte branca perto do rizoma. A melhor altura será no início de Verão, quando a produção de folhas está no auge, as folhas escolhidas devem ser folhas saudáveis, completamente desenvolvidas e recentes.
Alimentação da planta
A planta desde que tenha acesso ao exterior consegue atrair e capturar insetos por si só, não sendo necessário alimentá-la, no caso de o querer fazer tem de ser com insetos vivos e a mexer para ativarem a produção das enzimas digestivas mesmo depois da armadilha fechar.
Paulo Lourenço (cp_produtos@yahoo.com)
A Associação Portuguesa de Plantas Carnívoras foi criada como resultado do atemporal projecto de alguns cultivadores destes espécimes. Nasceu da necessidade incontestável de proteger as Plantas Carnívoras em Portugal e representa o desejo de consciencialização para as questões ambientais.
Como associação compromete-se também a prestar ajuda a todos os que se interessam por estas encantadoras plantas sendo um dos objectivos principais promover o gosto pelo cultivo de Plantas Carnívoras.
Um banco de sementes, um herbário dedicado a plantas carnívoras, um registo de localizações de populações das espécies autóctones e uma publicação periódica são alguns dos projectos da APPC e que visam estabelecer uma ligação entre a APPC, os seus sócios e as Plantas Carnívoras. Website APPC
estou a pensar obter uma planta carnivora e para tal misturei, num vaso, areia e lascas pequenas e finas de madeira para preservar a humidade porem a agua fica turva por causa das lascas da madeira e nao quero que a minha planta morra. acha que devo arriscar ou voltar a fazer uma mistura ideal ou mesmo deixar a planta na terra onde vem?
ps no meu vaso pus tbm um prato c agua por baixo