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Mais de 284 mil pessoas visitaram o Bussaco em 2017

– Registadas mais 34 mil entradas na floresta do que em 2016
– Alguns turistas vieram de Singapura, Paraguai, Uruguai, Chile, Colômbia, Senegal e Macau

Mais de 284 mil pessoas de 56 países visitaram a Mata Nacional do Bussaco em 2017, estabelecendo um novo recorde de entradas, revelou a Fundação que gere os 105 hectares de floresta pública no concelho da Mealhada.
Segundo os dados da Fundação Mata do Bussaco (FMB), o número de visitantes aumentou quase 14% face a 2016, uma tendência de subida que se tem vindo a confirmar nos últimos anos.
Tal como já havia sucedido em 2016, a esmagadora maioria das 284.830 pessoas que entraram na perímetro murado da serra, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2017, fizeram-no de automóvel.
Ao todo, em 2017, entraram 37.014 veículos ligeiros na Mata, ou seja, mais 4.071 do que em 2016, ano em que entraram no Bussaco 250.328 pessoas.
Portugal continua a ser o pais que mais visitantes atrai à Mata Nacional do Bussaco, seguido de França, Espanha, Israel, Alemanha e Brasil. Embora em muito menor número, o certo é que em 2017 o Bussaco foi igualmente visitado por turistas de países, na opinião da FMB, “completamente inesperados”, de que são exemplo Singapura, Paraguai, Uruguai, Chile, Colômbia, Senegal e Macau.
O ano de 2017 foi absolutamente excecional, com muitos indicadores positivos. Temos vindo a registar nos últimos três anos, de resto, um constante crescendo de procura por parte do público nacional e sobretudo internacional. Tem também havido um aumento significativo de visibilidade e notoriedade. Estamos no bom caminho. Sentimos que conseguimos fazer justiça ao Bussaco, colocando-o no ‘mapa’”, afirma António Gravato, presidente da FMB.
Recorde-se que o “Deserto dos Carmelitas Descalços e Conjunto Edificado do Palace do Bussaco” fazem parte da lista indicativa de locais com pretensões ao reconhecimento de Património Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). A FMB e a Câmara Municipal da Mealhada estão a preparar a candidatura à UNESCO e, na última edição da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), foi publicamente apresentado o projeto do Bussaco, que é coordenado por uma empresa especializada, paga com fundos europeus, através do consórcio regional da Estratégia de Eficiência Coletiva Provere iNature – Turismo Sustentável em Áreas Classificadas.

Rui Marqueiro, presidente do Município da Mealhada – a instituição que mais apoio tem vindo a oferecer ao Bussaco -, considera que “é de elementar justiça que se olhe para este património histórico, cultural, religioso e militar com outros olhos e se empreste outra atenção a uma floresta que tem uma fauna e flora riquíssimas e guarda mais de uma centena de edifícios relevantes (a única via-sacra no Mundo à escala de Jerusalém, por exemplo)”.
Após muito trabalho de casa, muita persistência e resiliência, conseguimos elevar o Bussaco à categoria de Monumento Nacional, graças ao apoio deste Governo, do presidente da República, da Direção Regional de Cultura e de uma série de outras instituições e personalidades que nunca nos abandonaram. Agora, estamos a investir cerca de um milhão de euros na recuperação do Convento de Santa Cruz e das capelas da via-sacra. Mas temos muitos mais projetos e obras em preparação. Estamos a trabalhar, a dar passos que julgamos serem certos para obter o reconhecimento da UNESCO”, afirma o autarca Rui Marqueiro.
Com 105 hectares, a Mata Nacional do Bussaco foi plantada pela Ordem dos Carmelitas Descalços no século XVII, encontrando-se delimitada pelos muros erguidos pela ordem para limitar o acesso.
O conjunto monumental do Bussaco apresenta um núcleo central formado pelo Palace Hotel do Bussaco (instalado desde 1917 num pavilhão de caça dos últimos reis de Portugal) e pelo Convento de Santa Cruz, a que se juntam as ermidas de habitação, as capelas de devoção e os Passos que compõem a Via-Sacra, a Cerca com as Portas, o Museu Militar e o monumento comemorativo da Batalha do Bussaco.
Os cruzeiros, as fontes (com destaque para a Fonte Fria com a sua monumental escadaria) e as cisternas, os miradouros e as casas florestais, compõem o vasto conjunto do património.

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