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O meu Jardim é no Campo: O prazer de fotografar flores silvestres

Por vezes as caminhadas são um pretexto para fotografar as plantas que se encontram nos nossos campos. A Primavera e início do Verão é ideal para este tipo de caminhada…

Texto e fotografia: Vasco de Melo Gonçalves

Neste artigo abordamos o tema da fotografia numa perspetiva diferente através da captação de imagens em contra-luz. Na fotografia em contra-luz conseguimos criar ambientes distintos onde prevalece um lado mais “misterioso” das plantas. É um tipo de fotografia que requer um pouco mais de conhecimento, ao nível da medição da luz, mas que vive essencialmente do ângulo de captação de imagem. Esta procura do ângulo “certo” e do impacto da imagem são o alimento da caminhada.
Nesta saída de campo utilizei uma câmara reflex equipada com uma lente macro de 60 mm e a medição de luz foi, na sua grande maioria, pontual. As câmara reflex equipadas com lente macro são, na minha opinião, o tipo de máquina fotográfica ideal para captação de imagens onde o pormenor, o enquadramento, a definição, o controlo da velocidade, o controlo da abertura e a medição de luz são relevantes. Contudo já tenho obtido imagens de qualidade recorrendo a máquinas fotográfica do tipo mirrorless ou mesmo smartphones. O que é realmente importante é sair para os campos, desfrutar do contacto com as plantas, estar atento aos pormenores e procurar novas formas de observar.Identificação
Fotografo as flores por uma questão estética e de beleza não, devido a um conhecimento botânico.
Na identificação das espécies (uma fase interessante do processo) consulto, normalmente, o site desenvolvido pela Sociedade Portuguesa de Botânica, Flora-on (www.flora-on.pt). Trata-se de um site de grande qualidade que permite uma identificação interativa que é muito útil para quem não está por dentro da botânica.

 

Chocalheira-maior (Briza maxima L.)
Uma planta que podemos encontrar em prados, searas, campos agrícolas, baldios, montados, olivais e pomares de sequeiro, clareiras e orlas de matos, bosques e pinhais. Grande amplitude ecológica, com alguma preferência por locais secos. A floração dá-se entre final de abril e meio de julho.

Dedaleira (Digitalis purpurea L.)
A dedaleira encontra-se em lugares abertos e rochosos, escarpas e afloramentos rochosos pouco soalheiros, muretes e taludes de vinhas abandonadas. Em solos delgados.
A floração dá-se entre final de março e meio de julho.

Malmequer (Coleostephus myconis L.)
Também conhecida por olho-de-boi encontra-se principalmente em pastagens, pousios, searas, montados e margens de caminhos, mas também em bosques. Em sítios geralmente secos, sobre qualquer substrato.
A floração dá-se entre o meio de fevereiro e meio de julho.

Cardinho-das-almorreimas (Centaurea pullata)
Planta que se encontra em campos agrícolas, incultos, baldios, bermas de caminhos. Em locais perturbados.
A floração dá-se entre o meio de fevereiro e meio de julho.

Turbit-da-terra (Thapsia villosa L.)
Trata-se de uma planta que podemos encontrar em diversos tipos de habitat, azinhais, sobreirais, taludes, matos e clareiras, zonas pedregosas, por vezes sítios com alguma perturbação.
A floração dá-se entre final de abril e meio de julho.

Rapistrum rugosum L.
Espécie que podemos encontrar em campos agrícolas cultivados ou incultos, pastagens, baldios, bermas de caminhos. Espécie arvense e ruderal.
A floração dá-se entre final de março e meio de julho.

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1 Comments

  1. Mena 7 de Maio de 2019

    Belíssimas fotografias e um texto muito esclarecedor,
    A beleza das plantas silvestres é fascinante.
    Mena.

    Responder

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