As plantas da amora “Rubus fruticosus” podem ter um porte ereto ou serem trepadeiras.
As amoras eretas são mais rústicas e aguentam temperaturas mais baixas (- 5°C).
As amoras trepadeiras estão mais adaptadas a climas amenos, neste caso os frutos são doces e têm menos sementes.
Independentemente da variedade escolhida, a planta não dá frutos no primeiro ano por que tem que primeiro produzir ramos. No ano seguinte os ramos vão ter frutos.
Algumas variedades mais recentes não têm espinhos sendo mais fácil a apanha dos frutos e a poda. Pode perguntar no seu viveiro quais as espécies que têm esta vantagem e que melhor se adaptam à zona onde vão ser plantadas.
Estas plantas têm ramos perenes e são fáceis de cultivar, precisam de sol direto e solo bem drenado. Em Portugal a faixa costeira até ao baixo Alentejo bem como na zona este a partir da Serra da Estrela para sul e toda a costa este alentejana são as regiões preferenciais. São plantas que podem atingir entre 1,50 m e 3, 60 m de largura por 1,20 m a 2,10 m de altura.
No início da Primavera é muito importante o corte de todos os ramos laterais até terem entre 25-50 cm para que possamos ter frutos de maiores dimensões e mais numerosos.
A poda deve ser feita de modo a remover os ramos que cresceram de forma desordenada para encorajar a formação de novos ramos e aumentar a produtividade de frutos.
No Verão-Outono é altura de cortar os rebentos e ramos velhos no pós colheita.
Para ter sucesso, quando comprar plantas o ideal é comprar com três ramos e logo no início da Primavera. Veja as variedades mais resistentes às doenças.
O sol direto é importante mas as plantas devem estar protegidas de ventos fortes. O solo quer-se rico e bem drenado, utilize adubo ou húmus e distribua-o em volta da base das plantas de duas em duas semanas. Os frutos das extremidades são mais pequenos, há que podar essas extremidades. Se colocar uma sebe de amora no extremo do jardim cria uma barreira natural. Essa barreira pode ser suportada por arame e paus que podem formar uma rede onde a planta se apoia há medida que vai crescendo. Oriente os novos ramos separando-os dos ramos velhos e assim facilita a poda. Para controlar a forma da planta de porte ereto, pode as extremidades dos caules à altura desejada durante o primeiro ano. Desta forma a planta fica mais viçosa e produz mais frutos no segundo ano.
Uma das doenças que atinge a amora é a antracnose, doença fúngica que seca a planta e impede a produção de frutos. Manifesta-se através de manchas circulares e com o centro cinzento nos ramos e frutos. Remova os ramos infetados e se possível queime-os. Não servem para compostar.
E não esquecer que este frutos são ótimos para saladas, compotas, bolos…
Nota:
As amoras-silvestres (Rubus fruticosus L.) são os frutos agregados de amoreira-silvestre do género Rubus, vulgarmente designados como silvas, da família das rosácea. Os frutos são usados para a composição de sobremesas, compotas e por vezes vinho. São muitos os tipos do que é vulgarmente designado como amora incluindo muitas cultivares híbridas.
As silvas são compostas por longos caules curvos, com acúleos curtos, levemente encurvados. Quando os caules contactam com o solo desenvolvem, frequentemente, raízes laterais, dando origem a um novo pé de silva tornando-se uma espécie persistente, colonizando vastas áreas por longos períodos. Tolera facilmente solos pobres, sendo uma das primeiras plantas a colonizar baldios e terrenos de construção abandonados. As suas folhas são simples ou compostas, frequentemente trifoliadas. As flores brancas ou rosadas, florescem de maio a agosto (no hemisfério norte), dando, após a frutificação, as amoras de uma cor vermelha e, depois, negra.
Fonte In Wikipédia
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