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A Floresta – um passeio ideal em tempos de pandemia

Com a pandemia e toda a imprevisibilidade, receio, ansiedade e stress que trouxe às nossas vidas, a floresta pode ser um “escape” muito importante, pois proporciona momentos familiares e individuais tranquilos e saudáveis, preciosos para o indispensável “recarregar de baterias”.

Para nos recordar deste, e outros papéis da floresta, o Centro PINUS, uma associação do sector florestal, organizou no passado dia 23 de novembro, Dia da Floresta Autóctone, o PINUS Webcast “O Papel da Floresta na Recuperação Económica Nacional”. Neste evento, dirigido à sociedade, foi abordada a importância de gerir e cuidar da floresta, principalmente num ano de crise económica e sanitária.
Este Webinar explorou uma visão integrada e holística, complementando a visão económica com diferentes abordagens a nível ambiental e também social e emocional, contando com uma intervenção de José Pamplona, Escoteiro Chefe Nacional Adjunto da Associação de Escoteiros de Portugal. Com uma experiência de mais de 100 anos de vivência da floresta, o Escotismo tem inúmeros exemplos práticos de como experienciar a floresta num espírito e comportamento de ligação e respeito, com benefícios psicológicos, emocionais e sociais bastante tangíveis. José Pamplona considerou que é de facto imprescindível aproveitar a floresta como um espaço de fortalecimento das famílias e do estado emocional das pessoas enquanto indivíduos. Para a construção de uma economia forte é imprescindível indivíduos que estão bem emocionalmente.
O livestream do Webinar encontra-se disponível no canal de Youtube do Centro PINUS, contando com a intervenção de Francisco Ferreira, Presidente da ZERO, sobre Recuperação Económica Sustentável, e do economista João Ferreira do Amaral, sobre a Importância da Floresta na Recuperação Económica.
Este Webinar contou ainda com a estreia do Filme “Pinhal em Risco”, uma produção da ZERO que contou com a colaboração do Centro PINUS, nomeadamente uma entrevista ao Presidente de Direção, João Gonçalves. Este filme capta o momento histórico em que o pinheiro-bravo, e as vidas que dependem deste recurso, enfrentam uma ameaça sem precedentes e aponta o caminho, ainda possível, para um futuro diferente.
O Centro PINUS sugere um passeio para conhecer “O Bravo do Pinhal do Rei”, um pinheiro-bravo com características únicas, que nomeou para o concurso a Árvore do ano 2021. Este é um concurso anual para encontrar a “árvore mais encantadora da Europa” através de votação pública. O seu objetivo é destacar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural das suas regiões, assim como a sua história na vida das pessoas e na comunidade que a rodeia.
Esta árvore tem cerca de 125 anos e está localizada em São Pedro de Moel. O fantástico acerca deste pinheiro-bravo é que, devido aos fortes ventos vindos do mar, adotou uma postura diferente e, em vez de crescer verticalmente, adaptou-se, não desistiu, arranjou forças e cresceu de forma diferente, junto ao chão.
A forma original do tronco desta árvore, fez com que a chamassem também de pinheiro-serpente. Incomum face à habitual na sua espécie, a sua forma, no entanto, é frequente em pinheiros localizados nas zonas costeiras. O que distingue este exemplar é a sua longevidade, dimensão elevada e composição estética única. Os seus longos troncos estendem-se por uma área de mais de 260m2. A sua forma torcida e ondeante faz dele um símbolo de resiliência, força e triunfo! Qual guardião das dunas, com o seu tronco imponente e inusitado serpenteia pela areia como que a ouvir o pulsar da terra.
Assim permanece, até hoje, o Bravo do Pinhal do Rei, para deleite de quem o avista, lutando contra ventos, tempestades e o avançar da areia numa batalha invisível e interminável. Faça-lhe uma visita e sinta por si a grandiosidade deste pinheiro-bravo. No regresso a casa, sinta-se inspirado por este extraordinário exemplo de resiliência.

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