A CARREGAR

Type to search

As plantas do género mais conhecidas em Portugal são os vulgares rosmaninhos do monte que se encontram em quase todo o território português em zonas expostas ao sol, e as alfazemas que nos últimos anos têm vindo a conquistar um lugar cada vez mais importante nos jardins portugueses, quer graças à sua adaptação ao Verão seco mediterrânico, quer graças ao agradável aroma das suas flores e folhagem. No entanto este grupo contém várias espécies e híbridos, frequentemente chamados apenas de alfazemas e rosmaninhos em português, e lavandulas inglesas, francesas e espanholas noutras línguas europeias.

Segundo esta classificação os nossos rosmaninhos autóctones pertencerão às espécies Lavandula stoechas subsp luisieri, Lavandula pedunculata subsp pedunculata,  Lavandula pedunculata subsp lusitanica, Lavandula pedunculata subsp sampaiana e Lavandula viridis. Segundo a mesma classificação as alfazemas autóctones em Portugal pertencem ao subgénero Lavandula secção LavandulaLavandula latifolia, que cresce em maciços calcários, e ao subgénero Fabricia, secção PterostoechasLavandula multifida que cresce em alguns locais do sul do país. Esta não é no entanto a única classificação seguida, particularmente as subespécies de Lavandula pedunculata são frequentemente classificadas como subespécies da Lavandula stoechas.

Os cultivares comercializados são frequentemente híbridos.

Características

As plantas deste género têm alguma variabilidade no que diz respeito a tamanho, forma das folhas, aspecto das flores, tolerância ao gelo, etc. As espécies mais cultivadas, chamadas vulgarmente de alfazemas e rosmaninhos têm bastantes semelhanças entre si em comparação com outras espécies de Lavandula, mas são ainda assim inconfundíveis, principalmente pela forma da flor.  Ambas têm folhagem linear que é normalmente mais clara nas alfazemas que nos rosmaninhos, no entanto esta característica varia com os cultivares. As inflorescências de alfazema têm forma de espiga de pequenas flores, normalmente sobre um longo pedunculo que pode ou não ser ramificado. A cor das flores pode ir do branco ao púrpura escuro, passando pelo rosa e vários tons de azul e púrpura. As de rosmaninho têm uma forma de espiga grossa, coroada por grandes bracteas estéreis cujo tamanho varia com as espécies, subspécies e cultivares. As cores das flores do rosmaninho variam igualmente do branco ao púrpura escuro, tanto na espiga como nas brácteas estéreis. A única espécie com flores amareladas é a Lavandula viridis, pouco cultivada como ornamental, mas utilizada como progenitora de vários híbridos interessantes.
Em alguns cultivares como o Tiara, Madrid Blue, Rocky Road, a cor das flores é escura e a das bracteas estéreis é mais clara, criando um contraste interessante.

Distribuição

Na natureza as plantas pertencentes a este género crescem principalmente nas zonas montanhosas da bacia mediterrânica e ilhas, norte de África, península arábica, havendo ainda algumas espécies no sudoeste da Ásia – Irão e Índia. A maioria dos híbridos e cultivares utilizados como ornamentais foram obtidos em jardinagem. Alguns dos híbridos mais recentes de rosmaninhos foram obtidos na Austrália e Nova Zelândia onde são exóticas e para onde foram levadas as plantas mãe como ornamentais. Muitas destas variedades foram sujeitas a registo de variedades, impedindo a sua propagação para fins comerciais a quem não tenha a respectiva licença, o que denota a sua valorização actual como plantas ornamentais.

Utilizações

Além da utilização como plantas ornamentais, várias espécies são também utilizadas como medicinais, aromáticas e culinárias, principalmente a Lavandula angustifolia e a Lavandula x intermedia, além da tradicional utilização religiosa do rosmaninho em Portugal nas festas dos Ramos e do S João, provavelmente herdada de costumes pagãos. Terá sido também utilizada na higiene doméstica graças ao seu poder repelente de insectos e ainda hoje se utilizam sacos de alfazema para repelir as traças da roupa. O nome científico vem do latim – ‘lavare’ devido à utilização do rosmaninho desde tempos imemoriais como perfume nos banhos. Em aromaterapia a alfazema é utilizada como anti-septico, anti-depressivo, calmante, antiseptico e analgésico. O aroma da alfazema tem a reputação de ser calmante, e de elevar a percepção espiritual, principalmente durante a meditação, razão porque a popularidade dos óleos aromáticos tem crescido. É também utilizada em fitoterapia, em chás como calmante e para aliviar dores de cabeça.

Tags:

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Ir para o topo