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Jardim da Estrela / Jardim Guerra Junqueiro, um espaço diferente e emblemático com 159 anos de história

O Jardim Guerra Junqueiro, mais conhecido por Jardim da Estrela, é um espaço único na cidade, pelo conjunto de características que protagoniza.

Texto e fotografia: Vasco de Melo Gonçalves e C.M.Lisboa

O Jardim da Estrela é um espaço fechado por um belo gradeamento em ferro, com portões que permitem a entrada por quatro lados. Uma das peças notáveis deste jardim é o coreto  em ferro trabalhado,  da autoria do arquiteto José Luís Monteiro, outrora “palco de frequentes concertos filarmónicos” mas que estava em obras de manutenção aquando da nossa visita.

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Há uns anos que não visitava este espaço verde e tive a oportunidade de ver que o jardim está bem cuidado e que foram efetuados melhoramentos ao nível de serviços de apoio ao utente. Fiquei agradavelmente surpreso com a Biblioteca do Jardim rodeada por pessoas idosas embrenhadas nas suas leituras…

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O Jardim da Estrela sempre me encantou devido à sua configuração e riqueza de espécies mas também, pela sua localização privilegiada na cidade de Lisboa. Está na fronteira da “confusão” da zona do Rato com a ampla avenida Infante Santo que nos leva ao magnífico rio Tejo.

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A conceção do jardim permite abordagens diferentes consoante a disposição do visitante. Se o estado de espírito é de contacto com pessoas, a esplanada, as avenidas e os relvados são o locais ideais para se estar. Se pretendemos zonas mais calmas, o jardim oferece-nos  recantos equipados com bancos de madeira que nos permitem a leitura ou a simples observação da natureza.

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Passeie neste jardim e se tiver oportunidade  visite também a Basílica da Estrela que fica a escassos metros deste espaço verde,  seja qual for o local onde nos encontramos a sua cúpula é uma presença  constante.

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História

O jardim, originalmente “Passeio da Estrela”, foi construído em meados do século XIX por iniciativa do Marquês de Tomar e com o apoio institucional da Rainha D. Maria II, em terrenos adquiridos pela CML graças a um donativo de “cinco contos de reis” feito pelo  benemérito Barão de Barcelinhos.  A construção do jardim contou também com um donativo equivalente de Joaquim Manuel Monteiro, que mais tarde recebeu o título de Visconde, e depois Conde da Estrela. A construção do jardim teve início a 30 de Setembro de 1842 contando com a ajuda do arquiteto, Pedro José Pezerat. As plantações foram orientadas pelos jardineiros João Francisco e o francês Jean Bonard, sendo inaugurado a 3 de Abril de 1852. Surgia assim, na Capital um jardim diferente, refletindo no seu traçado, a nova conceção romântica de parque à inglesa.

Em 1931, o número de árvores do Jardim da Estrela era de 838 com 32 espécies diferentes. Nas estufas do Jardim, havia já nesta década numerosas variedades de plantas, e era neste local que era permitida a venda ao público de flores dos jardins municipais.

Pela importância da floricultura e pelo facto de constituir elemento de atração neste jardim, desde 1852 que aqui foram organizadas exposições com exemplares obtidos no estrangeiro (begónias, gloxínias, crisântemos e dálias).  Durante a Grande Guerra as anuais e patrióticas Festas da Flor, promovidas pelo O Século, em benefício dos soldados feridos; a festa das Florinhas da Rua, em 1921, no ano seguinte, a da Semana de Lisboa e uma Exposição Nacional de Floricultura, em 1943 foram alegrando a vivência do Jardim ao longo da primeira metade do século XX.

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Fauna, Flora e escultura

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Fauna: Cágados, Patos, Guarda-rios, Melros, Carpas

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Flora: Figueira-da-Austrália (Ficus macrophylla) Árvore-sumaúma, Rosa-mexicana, Ginkgo, Grevilea, Barbusano, Araucária-de-Cook (Araucaria columnaris) , Palmeira-das-vassouras (Chamaerops humilis), Árvore-orquidia, Casuarina, Cedro-do-atlas, Alfarrobeira (Ceratonia siliqua), Feijoeiro-da-índia, Freixo, Castanheiro-da-Índia (Aesculus hippocastanum), Acácia-espinhosa, Coco-de-cachorro, Perna-de-moca, Lodão-bastardo, Loureiro-da-Nova Zelândia, Kentia, Magnólia, Palmeira-das Canárias (Phoenix canariensis), Bambu-gigante, Pinheiro-das-canárias, Pinheiro-do-Alepo, Sequóia-sempre-verde, Taxódio, Teixo.

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Património Edificado e Artístico: Alegoria (escultura em lago)” (2), estátuas “João de Deus”, “Actor Taborda”, “Antero de Quental”, “O Cavador”, “Guardadora de Patos”, “Despertar”.

A água  tem uma presença relevante com 3 lagos  um dos quais de grande dimensão situado junto à entrada  mais próxima da Basílica.

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Informações úteis

Localização: Praça da Estrela, 1200-667 Lisboa

Área: 4,6 hectares

Horário: Aberto das 07h às 24h

Acessibilidades:

Autocarros (Carris): 709, 713, 720, 738, 773

Elétricos (Carris): 25E, 28E

Metro: Linha Amarela (Estação Rato)

Equipamentos: Instalações sanitárias, casa de ferramentas, lago, miradouro, coreto, jardim de infância, centro de dia, biblioteca, café-esplanada, parque infantil, polidesportivo informal.

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