Plantas de efeitos dramáticos são protagonistas de qualquer espaço em que estejam presentes. Normalmente, mais pela sua estrutura, são escolhidas para surpreender o visitante do jardim, para suscitar uma exclamação e uma paragem quando o intuito era passar de forma rápida num espaço.
Existem diversos tipos de vegetação uns mais exuberantes que outros. O elemento dramático é muito importante numa composição vegetal, este permite ao designer ser mais criativo, contar uma história enquanto a quem passeia pelo jardim. Plantas arquitectónicas são normalmente de folha perene e exóticas, Yucca, Agave, Dicksonia e palmeiras são os exemplos mais ilustrativos deste tipo de vegetação.
Estas plantas caracterizam-se por serem relativamente estáticas, a sua presença é marcante durante todo o ano e com algumas variedades, em que, a época de floração é um factor muito importante.
São plantas vibrantes, por vezes com proporções fora de escala que tornam o espaço quase teatral. Mas o mais importante é serem protagonista naquela época do ano em que o resto do jardim parece mais inactivo, é durante o Inverno que este tipo de plantas realmente ganham vida.
Existem também plantas, nesta categoria, que são de características mais subtis como é o caso da Arbutus x andrachnoides com o seu tronco vermelho.
A sua baixa manutenção é outra das razões pela qual são muitas vezes escolhidas para espaços públicos ou jardins em que a implantação de plantas pouco exigentes é um factor preponderante.
São plantas que dão um carácter muito forte a um jardim, são especialmente atraentes para jardins urbanos modernos, pequenos espaço em que plantas com folhas fora de escala como a Musa basjoo, resultam muito bem.
Quanto à escolha da melhor planta arquitectónica para o seu jardim, as mesmas considerações se aplicam como a qualquer outro tipo de planta. O solo e condições climatéricas continuam a ser dos factores mais importantes para um crescimento de sucesso.
Outro aspecto a ter em conta é o espaço, em certos designs a vegetação plantada muito perto uma da outra é propositado mas, certas plantas como a Agave americana, precisam de respirar, espaço à sua volta, para tirar o melhor partido estético das as suas formas. Outras espécies como o Cupressus semprevirens, são autênticos pontos de exclamação na paisagem. A sua verticalidade pode ser usada de maneira muito criativa num jardim e apesar de estarem associados a cemitérios existe uma forte tendência para serem utilizados em espaço públicos e privados.
Um tipo de plantas diferente que entra nesta categoria, apesar de alguma discordância, normalmente usadas em vaso e fortemente podadas, o topiário voltou a estar na moda, sendo as esferas de Buxus ou de Euonymus em vaso, um dos mais comuns exemplos do sucesso desta técnica, existem exemplos de plantas que podadas de uma certa forma tornam-se realmente num elemento arquitectónico, por exemplo a Ilex crenata.
Não há só um tipo de planta arquitectónica, ela pode ser uma árvore, trepadeiras, gramíneas etc., em todas estas categorias podemos identificar plantas que se reconhecem nesta sub categoria, por vezes subjectiva na sua descrição do que é uma planta arquitectónica. Uma coisa é certa, este tipo de planta é o centro das atenções, não passam discretamente num jardim.
Algumas sugestões mais dramáticas:
Yucca glauca
Ideal para pequenos jardins, quando totalmente desenvolvida a sua estrutura é quase esférica dada pelas suas folhas numerosas, num cinzento azulado. Não é aconselhável para espaços usados por crianças, a ponta das suas folhas são bastante afiadas.
A sua flor no Verão pode chegar até aos 90 cm de altura com um efeito dramático.
Musa basjoo
A rainha das espécies de plantas arquitectónicas, a bananeira japonesa é sem dúvida um dos exemplos mais dramáticos. Com as condições certas pode atingir no primeiro ano 2,2 m de altura. As suas bananas são demasiado fibrosas mas visualmente tornam o jardim num verdadeiro paraíso tropical.
Gunnera manicata
A Gunnera é uma planta de textura herbácea e porte arbustivo, com aspecto exuberante, as suas folhas podem chegar aos 3m de largura.
A sua forma escultural e avantajada fazem com que precise dum espaço amplo para se desenvolver livremente e ser apreciada em toda a sua plenitude. É normalmente usada como planta isolada, mas isso não impede que se formem pequenos maciços em jardins com dimensão generosa. Por gostar de terrenos húmidos, a Gunnera também pode ser plantada na beira de lagos e cursos de água.
A REVISTA TUDO SOBRE JARDINS está na banca desde Agosto de 2007 e traz, trimestralmente, informação de qualidade com um foco especial no paisagismo e design. A parceria com o Portal do Jardim.com permite agora que os leitores deste portal tenham acesso a conteúdos produzidos por esta excelente publicação.
Maravilhoso o site.
Gostaria de saber o nome da palmeira da sexta foto.
Muito grata pela atenção.
Letícia