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Lisboa, intervenção na 2.ª Circular em consulta pública

A Câmara Municipal de Lisboa colocou em consulta pública o projeto de intervenção da 2.ª Circular. O projeto está aqui disponível para consulta e as sugestões podem ser enviadas até 15 de janeiro.

Está em consulta pública até 15 de Janeiro de 2016, para recolha de sugestões, o projeto respeitante à intervenção municipal na 2.ª Circular.

As sugestões devem ser feitas por escrito até ao dia 15 de Janeiro de 2016, utilizando para o efeito o impresso próprio que deve ser dirigido ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa para o Edifício Central do Município (Campo Grande, n.º 25, 1.º, Bloco F, 1749-099 Lisboa), ou para o o email dmpo@cm-lisboa.pt .

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Com as obras de Requalificação da 2ª Circular pretendem-se atingir os seguintes objetivos:

1.MAIS SEGURANÇA

A 2ª Circular é a rodovia de Lisboa com maior nível de sinistralidade.

Os estudos realizados pelo LNEC e o Plano de Acessibilidade Pedonal apontam a 2ª

Circular como o eixo rodoviário municipal com maior sinistralidade entre 2008 e 2011,

verificando-se uma concentração dos acidentes no troço entre o IC 19 e Av. Lusíada e no

troço compreendido entre a Av. Padre Cruz e o nó de Calvanas.

2. MAIS FLUIDEZ E MAIOR CAPACIDADE

O grande número de acessos (31 no somatório de entradas e saídas numa extensão de

cerca de 10km), a reduzida extensão dos entrecruzamentos, as frequentes mudanças de

faixa de rodagem praticadas pelos condutores e as altas velocidades verificadas, reduzem

o débito de veículos que podem circular na 2ª Circular e aumentam o risco de

sinistralidade.

3. MAIOR SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

Nas atuais condições de utilização a 2ª Circular é o maior gerador de poluição atmosférica

da cidade pelas emissões de CO2 e poeiras em suspensão e, a par do Eixo N/S, o canal

rodoviário mais geradora de ruído.

PARA AUMENTAR A SEGURANÇA RODOVIÁRIA, AUMENTAR A CAPACIDADE E FLUIDEZ DA CIRCULAÇÃO E MELHORAR A QUALIDADE AMBIENTAL DA ENVOLVENTE PROPÕE-SE UMA INTERVENÇÃO A DOIS NÍVEIS:

Ao nível da Infraestrutura rodoviária:

1 – Repavimentação em toda a extensão da 2ª circular com a reabilitação da fundação nos locais mais degradados e reposição do pavimento com soluções altamente resistentes e muito redutoras das emissões de ruído equivalentes a reduções do tráfego para cerca de metade.

2 – Reabilitação do sistema de drenagem quer pela regularização da faixa de rodagem quer pela substituição dos órgãos de drenagem.

3 – Substituição do sistema de iluminação pública para uma solução mais eficiente do ponto de vista da iluminância e do consumo energético que permite obter economias de custo até 60% em relação à situação atual.

4 – Renovação do sistema de sinalização vertical e horizontal para a tornar mais visível e compreensível.

5 – Instalação de um sistema de controlo de velocidade média nos troços mais críticos em termos de segurança.

 

Ao nível das soluções de traçado e perfil:

6 – Reformulação de alguns dos acessos à 2ª Circular.

Tendo em conta que uma das zonas mais problemáticas em termos de sinistralidade e de fluidez da circulação é o trecho entre o Eixo Norte/Sul e o nó de Calvanas a proposta apresenta uma solução que elimina dois entrecruzamentos na zona do Campo Grande através da eliminação da ligação da azinhaga das Galhardas à 2ª Circular logo que esteja estabelecida a ligação da Av. Lusíada ao Eixo N/S (no sentido Sete Rios/Telheiras) e com a ligação direta da 2ºCirluar à Av. Padre Cruz (no sentido aeroporto/Benfica).

7 – Reformulação dos nós de ligação ao IC19 e à A1. A configuração dos nós da 2ª Circular com IC19 e com a A1 para além de não facilitarem o encaminhamento do tráfego para a CRIL, são também geradores de significativos atrasos para os movimentos de saída de Lisboa. Pretende-se que de forma faseada e em articulação com as Infraestruturas de Portugal, reformular aqueles nós por forma a torna-lo mais adaptados aos movimentos que nele circulam e facilitarem o encaminhamento do tráfego de atravessamento para a CRIL.

8 – Implantação de um separador central com 3,5 m de largura com árvores e arbustos ao longo de toda a 2ª circular com exceção das zonas onde existem viadutos.

9 – Redução da largura das vias para 3,25m conduzindo a uma redução da velocidade o que aumenta a segurança e o débito de circulação.

10. Marcação da via de rodagem mais direita como via de serviço especialmente dedicada para os movimentos de entrada e saída, através da aplicação de um betuminoso de coloração diferenciada.

11 – Plantação maciça de arvoredo nas áreas laterais ao longo de toda a extensão da 2ª Circular por forma a reduzir o impacto visual do corredor rodoviário em relação às áreas residenciais adjacentes e contribuir para a captura das emissões de CO2 e partículas em suspensão.

12 – Montar barreiras acústicas laterais junto aos edifícios de habitação onde não existam.

13 – Estabelecimento de um planeamento e faseamento de obra que evitam a eliminação de vias de circulação durante o dia.

14 – Utilização de processos construtivos de aumentam os rendimentos do trabalho a realizar e diminuem o tempo de execução da obra bem como o seu custo total.

As obras de Requalificação da 2ª Circular terão uma duração de 11 meses e um custo global estimado de 9,75 milhões de euros.

Principais linhas de intervenção AQUI!

(via Câmara Municipal de Lisboa)

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11 Comments

  1. Maria João Simões 11 de Janeiro de 2016

    O projecto para a 2ª circular é interessante. Ninguém tem dúvidas que nesta via existem diariamente acidentes, alguns dos quais muito graves, pelo que é urgente mudar o que está mal e perigoso, em parte resultante das alterações que se foram acumulando após a construção desta via. Lembro-me bem da abertura da radial de Benfica e do perigo aumentado que passou a representar o nó IC19/CRIL.
    Um braço de verde entre o pulmão (cada vez mais enfezado) de Monsanto e o de Lisboa Oriental parece muito positivo e tornaria a cidade de Lisboa belíssima. Como cidadã comum, nada conhecedora da matéria de mobilidade e de urbanismo, precisaria de ter algumas respostas concretas para poder ter qualquer opinião sobre este projecto. A saber, por exemplo:
    Como poderia ir da A5 para a Av Padre Cruz e Lumiar?
    Como iria da IC19 ou da CRIL para o aeroporto?
    Como iria de Benfica para a A2?
    A discussão pública é saudável e muito desejável, se realista e isenta de partidarismo. Ficamos à espera!
    Maria João Simões

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  2. Pedro Machado 12 de Janeiro de 2016

    O estudo de alteração agora proposto merece a minha aprovação na medida em que vai resolver alguns problemas, nomeadamente a redução de acidentes, a redução do impacte do ruído junto da zona habitacional e o melhoramento paisagístico de toda esta zona, que é importante também do ponto de vista ambiental, apesar de haver opiniões devque o impacte sobre o ruído e C02 não será tão relevante.
    A redução de velocidade 80 para 60 km/h, é que poderá criar problemas de escoamento e em consequência poderá haver muitas bichas, o que não é bom para as emissões de C02 e o ruído.
    Como utilizador desta infraestrutura aprovo as este estudo, espero que o prazo seja cumprido e que os trabalhos sejam feitos fora das horas de ponta.

    Responder
  3. Alberto Pinto de Magalhães 12 de Janeiro de 2016

    Parece-me uma ideia muito boa. Parabéns pelo lançamento desta obra

    Responder
  4. m manuela aguiar 12 de Janeiro de 2016

    Até que enfim.Só espero que uns velhos do Restelo não façam demasiada pressão.Boa sorte
    .

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  5. Maria Elsa Ferreira 14 de Janeiro de 2016

    Mais uma asneira que vai dar cabo de Lisboa.
    O senhor presidente Fernando medina devia de pensar consequências do que quer fazer na segunda circular. Devia de pensar o que é melhor para as pessoas que necessitam de utilizar aquela via, e sobretudo tomar consciência de que não é dono desta cidade.
    Quando aceitou ser presidente da Câmara de lisboa e que é pago pelos impostos dos portugueses, foi para melhor as condições de vida destes e não para os prejudicar aleatoriamente conforme as suas vontades
    Elsa Ferreira

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  6. Miguel Gamboa 15 de Janeiro de 2016

    Antes de mais, gostava de deixar clara a minha posição favorável à requalificação da 2ª circular. Contudo, a CML está a introduzir mais uma solução, antes de concluir devidamente outros projectos mal finalizados nomeadamente: radial de Benfica; CRIL e Avenida Santos e Castro. O pré-requisito fundamental para o sucesso da requalificação da 2ª circular é que se coloquem em DEVIDO funcionamento as LIGAÇÕES da 2ª circular às 3 vias alternativas supracitadas.

    A forma como foram construídas estas ligações tem duas consequências imediatas: 1) torna estas 3 vias inúteis; 2) obstruem o fluxo de trânsito na 2ª Circular. Passo a explicar: o principal problema deve-se a terem construído as SAÍDAS depois das ENTRADAS. Está ERRADO. Primeiro tem que ser feito a saída (escoamento) e só depois a entrada de trânsito.

    Exemplo: A saída da 2ª Circular (sentido Lisboa Sintra ) para o IC17 aparece DEPOIS da entrada da Radial de Benfica na 2ª Circular. Conclusão: as viaturas vindas da Radial dificultam a saída para a IC17 e IC19 e impede que as viaturas sejam escoadas de Lisboa.

    2. A saída do IC19 (sentido Sintra Lisboa) para a Radial de Benfica, aparece DEPOIS da entrada do IC17 (sentido Algés Lisboa). Conclusão: as viaturas vindas do IC17 dificultam a saída para a Radial.

    3. Ligação do Parque das Nações à IC17 sentido Odivelas. São várias as transições de vias que provocam filas de trânsito. Esta era uma boa alternativa à 2ª Circular para quem quer atravessar Lisboa, contudo ninguém utiliza devido aos diversos nós.

    4. Ligação do Eixo N-S para a A8. Seria uma boa alternativa à 2ª circular para quem viaja para o Norte. Contudo, tanto a ligação à calçada do Carriche (com semáforo) como na Ameixoeira com estreitamento de 3 faixas para 1 faixa, provoca grandes filas de trânsito.

    Entendo que trocar a ordem da Saída com a Entrada, tenha custos acrescidos. Contudo, de que serve gastar milhões em construir vias quando não se acautelam as ligações a outras vias?

    O 2ª problema de inutilidade destas vias é a colocação de semáforos onde deveria haver uma via exclusiva que evitasse cruzamentos com ruas secundárias.

    Exemplos:
    1. Saída da 2ª Circular (sentido Aeroporto Benfica) para a Avenida Santos e Castro (3 faixas). Porquê a entrada numa rotunda? Porque não existe uma ligação directa da 2ª Circular para a Avenida Santos e Castro? Actualmente, o semáforo provoca uma fila que entra pela 2ª Circular. Conclusão: não só torna inútil esta importante 3ª via que liga com o Eixo N-S, como ainda agrava o trânsito na 2ª circular.

    2. Semáforos ao longo da Calça do Carriche (sentido Lisboa Odivelas), juntamente com o semáforo que liga o Eixo N-S à Calça do Carriche. Entendo a existência de semáforos no sentido Odivelas Lisboa. Agora no sentido contrário? O objectivo é tirar as viaturas de Lisboa, logo não pode haver entraves ao escoamento de trânsito. Deve haver soluções que removam estes semáforos e façam fluir o trânsito para a A8.

    Assim é fundamental em PRIMEIRO lugar colocar a funcionar o ESCOAMENTO de trânsito para as vias ALTERNATIVAS.
    Depois então seja analisada a redução de tráfego na 2ª Circular. Se não for suficiente, coloquem portagens nas entradas de Lisboa e assim retirem definitivamente as viaturas da 2ª Circular. Só DEPOIS faz sentido requalificar a 2ª Circular.

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  7. Guilherme Quintino 17 de Janeiro de 2016

    Penso que a proposta de requalificação da 2a circular é uma boa solução para uma “desgraça urbana” criada ao longo de décadas. A ideia de propor a inclusão de uma via “rápida” no tecido urbano da cidade é importante é deveria ser replicada em muitas outras situações semelhantes em Lisboa.Mas as questões referidas nos pontos 11 e 12 são, talvez os mais importantes. De facto as árvores são, infelizmente, ódiadas por uma grande parte dos lisboetas (e portugueses),incluindo ambientalistas como o sr. Francisco Ferreira que diz que a “plantação de milhares de árvores não tem impacto na poluição e na redução do ruído”(?). Erro crasso porque as árvores, e os arbustos, têm a capacidade de filtrar e amortecer os gases e o ruído causado pelas “maquinarias”.
    Por mim agradeço por esta proposta e espero que a C.M.L. continue a requalificar as ruas, avenidas e circularese, plantando mais árvores e criando mais espaços verdes.

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  8. alberto 26 de Janeiro de 2016

    Porque vao colocar árvores a meio do corredor central?óbvio,que será para as tirar seguir por serem prejudiciais.
    Entretanto esbanja-se dinheiro em negócios de faz de conta para proveito de uns tantos enquanto o povo morre de fome e se mata.

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  9. J. Pedro Costa Cid 26 de Janeiro de 2016

    1.Melhorar a identificação física de vias de desaceleração e de aceleração, evitando a circulação superior a 40 km/h na via mais à direita de acesso exclusivo a saída ou entrada na 2ª.circular(exemplo: como existente na travessia de zonas urbanas da Mealhada/Coimbra na EN1 ou no Casal do Marco/Seixal na EN 10 ).
    2. Sendo a 2ª. circular uma via de Nível 2, sujeito a elevado fluxo viário com frequentes e imprevisíveis necessidades de travagem. A existência na zona central da via de resíduos arbóreos resultantes da queda de folhas e gordura vegetal das próprias árvores em piso molhado, suscitará elevada falta de aderência ao rodado dos veículos.
    3. O existente projecto da 2ª.Circular não permite superar situações críticas de paragem viária de longa duração com a existência de escapatória em circulação alternada temporária, aliviando grandes bloqueios por acidentes viários com recurso ao uso sentido viário oposto.
    4. A possível simulação e contagem de carga viária quanto ao acesso aos interesses desportivos e comerciais no 2 estádios de futebol, Centros Comerciais e aos vários bairros adjacentes à 2ª. Circular. Obrigando ao elevado desvio para vias de Nível Hierárquico inferior ao Nível 3 e assim mais vocacionadas ao estacionamento residencial, terá consequências ambientais muito mais nefastas do que as apontadas como benefício para esta proposta de requalificação para redução de mobilidade na 2ª. Circular.
    5.No entanto, concordo plenamente que a mais de 5 metros dos lancis da 2ª. Circular, seja desenvolvido zonas verdes com espécies arbóreas onde não estejam incluídas espécies de folha caduca ou de “jacarandás” que libertem resíduos indesejáveis entre a Primavera e o Outono para a circulação viária e para zonas habitacionais.

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  10. Margarida da Costa 3 de Fevereiro de 2016

    concordo com a requalificação da 2ª circular, mas não no momento nem com este projeto. existem problemas bem mais importantes de resolver, como por exemplo requalificar a 2º circular colocando nova camada de alcatrão na referida via, eliminando os buracos e desníveis existentes nessa via que acredito esses sim provocarem bastantes acidentes, assim como investir em iluminação com candeeiros mais amigos do ambiente, alimentados pela luz solar. alterar a velocidade máxima de 80 para 60 km hora não me parece ser uma medida amiga do ambiente, nem tão pouco a colocação de árvores no separador central da via. esta via foi concebida para escoamento de trânsito e não para passeio ..para terminar acredito que existem muitos problemas em LX por resolver, como por exemplo a limpeza das sarjetas, etc.

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  11. José Freire da Silva 12 de Fevereiro de 2016

    O projecto reconhece «o caráter de barreira hoje verificado que dita a existência de duas zonas da cidade a norte e a sul da 2Circular» (p. 3 e 4 da mem. descritiva do projecto) mas contradiz a afirmação de que articula essas duas grandes zonas. É apenas, e como tal ele próprio se define, um projecto de criação de um separador central plantado em toda a extensão (p. 3 da mem. descritiva)
    Ora, uma «política da CM Lisboa que defende a alteração do carácter estritamente viário da 2Circular, tornando-a progressivamente um arruamento urbano» (p. 3 da mem. descritiva) trataria, a meu ver, de suprir a reconhecida barreira que constitui a sua existência, criando atravessamentos outros que não as medonhas e inóspitas passagens aéreas (porque não concursos de idéias?) e melhorando os atravessamentos existentes, autênticos canais de asfalto pensados e feitos unicamente para as ligações automóvel.
    Tente o leitor passar a pé, como simples peão, da urbanização junto ao estádio da Luz, ou do Alto dos Moinhos, para a zona do Colombo, Quinta da Luz e veja como tem de se aventurar na faixa de rodagem (nem passeios laterais existem!) e procurar vencer lancis feitos não para peões mas para conter o rodado dos automóveis, e fique a saber o que é a sensação de perigo. E se for com crianças? E se levar um carrinho de bebé? Vá o leitor da Estrada da Luz/r. dos Soeiros) para a Feira da Luz em Setembro e passe por aqueles passeios estreitos sob o viaduto da 2 Circular e veja o que é a sensação agreste e agressiva daquele atravessamento e a sensação de perigo eminente que lhe traz. E diga-me, o que é que este projecto faz para integrar os dois lados?

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