A CARREGAR

Type to search

A Gestão da Água nos Espaços Verdes

A água é a substância mais abundante na Terra cobrindo cerca de três quartos da sua superficie. No entanto apenas 3% é considerada água doce e dessa quantidade só um terço está acessível para o abastecimento humano. Ela é essencial à vida. Então porque desperdiçamos um bem tão precioso e escasso? A resposta levar-nos-ia, em minha opinião, ao mais puro descuido e desinteresse que a espécie humana tem pelo seu planeta, mas isso ficará para outra oportunidade. Interessa agora saber como racionalizar essa água.

A solução passa evidentemente pela gestão eficiente da água, mas como?

Quando estamos na presença de um espaço verde ou  de um jardim e falamos em gestão da água, toda a gente consegue prever que esse espaço necessitará de água para sobreviver e que o primeiro passo será o de instalar um sistema de rega totalmente automático (ver imagem). A ideia é que esse sistema fará a gestão mais correcta da água, mas será isto verdade? Em parte sim, mas mais importante do que isso é o correcto dimensionamento do sistema e a escolha do tipo de emisores para cada zona do jardim e ou para cada espécie vegetal.

De facto a automatização do sistema é importante pois permite-nos realizar diferentes operações e regulações no que se refere às regas, por exemplo diferentes dotações de água no Verão e no Inverno.  Mas se o dimensionamento do sistema não tiver sido devidamente efectuado poderemos vir a ter problemas de cobertura do sistema, ficando áreas que não são regadas e outras que podem estar a ser sobrepostas por mais do que um emisor. Na verdade também o tipo de emissores a instalar depende das espécies e das suas características, e isso deve ser tomado em linha de conta na fase de projecto. Para sebes deve-se usar o sistema gota à gota, para relvados podem usar-se tanto aspersores como pulverizadores (ver imagem), tudo depende das áreas. Para canteiros podem usar-se os brotadores ou gotejadores, já nas caldeiras das árvores devem usar-se gotejadores ou alagadores, também aqui tudo depende das necessidades de cada planta. Mas estudar só estas questões não basta. O facto do sistema ser automático é por si só um problema, uma vez que assumimos que ele é inteligente e não temos de nos preocupar mais com as questões da rega. De facto a inteligência deste tipo de sistemas é digamos que muito rudimentar. Existem sensores que adaptados ao nosso sistema permitem que ele se torne um pouco mais inteligente. Destes aparelhos gostaria de salientar a importância do sensor de humidade ou chuva que ligado ao programador de rega evita os gastos de água. O sensor acciona o programador através de um mecanismo simples bloqueando quando chove uma determinada quantidade de  água e vice versa.

Agora que finalmente temos o sistema de rega bem feito e dimensionado para o nosso jardim, poderemos pensar está tudo, atingi o meu objectivo!! Ainda estamos muito longe da perfeição.

O próximo passo é a escolha da fonte de alimentação do nosso sistema e agora sim, um dos aspectos mais importantes. Escolhas acertadas dependem do tipo e tamanho do jardim e da água disponível. Para grandes áreas não é aconselhável usar a água da companhia pois os custos serão enormes, o ideal será recorrer a um furo artesiano. Para pequenos jardins o recurso a um furo aumenta os custos de instalação. Então poder-se-á dizer que não é fácil a sua escolha. De facto, tudo, e cada vez mais, depende dos custos associados, mas penso que se houver algum bom senso a solução acaba por aparecer. É tudo uma questão de se estudarem todas as opções disponíveis.

Em última análise gostaria de referir que quando a disponibilidade de água não é grande ou a ideia principal é: água não jardim sim, poderemos sempre recorer aos chamados  jardins xerófitas – que são jardins pensados e projectados para minimizarem ao máximo o uso da água. Utilizam plantas xerófitas ou seja plantas com necessidades de água muito reduzidas e o leque existente não é assim tão pequeno como se possa julgar.

Tags:
Próximo artigo

Talvez goste deste artigo

1 Comments

  1. Tessy Ramos 17 de Março de 2009

    Gostei muito do artigo, é muito útil.
    Para quem tiver interesse em pôr sistema de rega em seu jardim, aqui vai a minha dica, a Dcafel eletricidade realiza esse tipo de trabalho no conselho de Aveiro. Quem quiser pode dar uma olhadela no site. http://dcafel.webnode.com/

    Responder

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Artigo Seguinte

Ir para o topo