A tradição de cobrir o núcleo antigo de Vila do Conde com tapetes de flores regressa este ano. Acontece de quatro em quatro anos nas Festas do Corpo de Deus. Contudo, é de registar que a Procissão do Santissímo Sacramento remonta a 1264, sendo a mais antiga que se realiza na cidade.
Moradores do velho burgo desfolham toneladas de flores, numa árdua tarefa que só acaba no dia do Corpo de Deus. Folha a folha, pétala a pétala, aos poucos se vão enchendo as caixas de papelão onde se conservam o bucho, o funcho e os pampilhos, os primeiros a serem desfolhados quando começa a preparação dos tapetes de flores, pelos moradores do núcleo antigo. As rosas e as granjas, por causa da conservação, são as últimas a serem desbulhadas.
São centenas de vilacondenses que se juntam em várias casas para colaborar neste minucioso trabalho que só termina quando os tapetes estão acabados porque nunca se consegue prever se as flores serão suficientes.
Os desenhos dos tapetes são guardados em segredo até à véspera do Corpo de Deus. Nesse dia, por volta das 22 horas, “a arte sai finalmente à rua”. Os cerca de 3 quilómetros de tapetes começam a ganhar forma, em tons de verde, vermelho, branco e amarelo. Os motivos são quase sempre ligados à religião e ao mar.
É um cenário único e de rara beleza que traz a Vila do Conde milhares de pessoas.
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