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[b]Os projectos de jardinagem nas escolas, só fazem sentido quando têm em conta as crianças com todos os seus sentidos.[/b]
A criança não precisa só de ver coisas bonitas, flores coloridas, relva verde, árvores cuidadas…
A criança precisa interagir, sentir-se parte integrante de todo o processo criativo da horta e do jardim, enfim de todo o espaço exterior da sua escola, que é tal como o interior, um espaço de crescimento e aprendizagem.
A criança precisa de mexer, fazer crescer, semear, misturar as suas mãos na terra fria, quente, molhada, seca, lamacenta, etc.
O jardim na escola tem que ser um jardim de cheiros, deviam lá constar as alfazemas, o alecrim, lúcia –lima, cidreira, oregãos, tomilhos, erva-príncipe, salva, jasmim, gerânios, tem que haver muita diversidade de aromas, cores, formas, texturas.
O jardim da escola, tem que ser um jardim útil, com o qual a criança sabe que pode contar para um cházinho contra as más disposições, os frios de inverno ou simplesmente uma tissana refrescante de erva príncipe nos dias mais quentes…
Com as alfazemas podem confeccionar-se um sem número de prendinhas para os dias de festas especiais…
É necessário e urgente que a criança sinta que o jardim é um espaço criado por ela e para ela.
O jardim é um espaço mágico onde as mãos e o coração das crianças fazem brotar flores, aromas, texturas e cores.
Saibamos então honrar esse espaço criando-o com as crianças e para as crianças, com todo o respeito e amor que elas merecem.
FERNANDA BOTELHO nasceu em Tojeira/Sintra em agosto de 1959.
Aos 18 anos viaja para Londres onde estuda antroposofia e plantas medicinais e pedagogia Montessori.
Fez o curso de guia de jardim botânico com a Alexandra Escudeiros e gostou tanto que repetiu no ano seguinte.
Apaixonada por jardins botânicos, é frequentadora assídua de Kew gardens. Absorve o que vê, fotografando e escrevendo.
Publica anualmente desde 2010 agendas de plantas medicinais, três livros infantis “Salada de flores” “Sementes à solta” e “Hortas aromáticas”. “As plantas e a saúde, guia de remédios caseiros”. É colaboradora do programa Eco-escolas desenvolvendo projetos de plantas medicinais e hortas sustentáveis nos espaços escolares com professores e alunos.
É convidada regular da RTP 1, organiza passeios botânicos e dá workshops sobre plantas medicinais.
Blogue Malva Silvestre.
“Os projectos de jardinagem nas escolas, só fazem sentido quando têm em conta as crianças com todos os seus sentidos.”
Foi esta frase que me chamou à atenção. Sou professora de um curso CEF de Jardinagem e Espaços Verdes e apesar de se rprofessora de Matemática gostaria de conseguir cativar os alunos para a Jardinagem gostando que chegassem a mostrar interesse por alguma coisa.
Estou a pensar em organizar actividades que possam motivar os alunos e por isso achei muito interessante o artigo.