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Contratar um profissional para planear o seu jardim

Seja um designer de jardins ou um arquiteto paisagista a contratação de um profissional no momento de projetar o seu jardim e logo numa fase inicial dos trabalhos, pode ser um fator crucial para o sucesso de execução e de resolução de problemas inerentes à construção de um jardim.
Neste artigo o que se pretende é dar a conhecer um pouco o trabalho que se espera dum profissional nesta área.
Embora ainda não haja tradição em Portugal a figura do designer de jardins, em países como Inglaterra é ele que normalmente trabalha os projetos mais pequenos como espaços privados, jardins domésticos, terraços e varandas. A horticultura e design são a base dos seu conhecimento.
Os arquitetos paisagistas estudam e planeiam a paisagem rural ou urbana, ordenando os diversos elementos de modo a favorecer a existência de equilíbrio ecológico e tendo em consideração aspetos biofísicos, estéticos, sociais e económicos. Contudo muitos arquitetos paisagistas projetam também para jardins privados principalmente devido à escassez de trabalho nas autarquias, consequência dos diversos cortes nos
orçamentos que têm sido feitos.
A sua principal vocação participarem no planeamento e ordenamento do território, concebendo infraestruturas funcionais, atraentes e compatíveis com o meio ambiente.
Assim, desenham áreas residenciais, agrícolas, industriais e comerciais, espaços de lazer (por exemplo, jardins públicos) e espaços de utilidade pública (por exemplo, parques infantis) de forma a promoverem a harmonia entre estes e o meio envolvente.
Considerar a natureza existente, condições do terreno, objetivos para o jardim e orçamento disponível são preocupações inerentes às duas profissões.
Posteriormente, analisa-se as características do local no que se refere aos elementos naturais (clima, solo, vegetação, águas e seres vivos) e aos elementos humanos (hábitos, interesses, história, organização social, etc.) e avalia-se os efeitos e a utilidade do projeto. Uma vez analisado o local, elabora-se um desenho preliminar que, tendo em conta as necessidades do cliente e as características do sítio, poderá ser alvo de muitas modificações até ser apresentado ao cliente na sua forma final.
Esta fase no caso de um cliente privado é bastante exigente porque no fundo o que se está a fazer é vender um sonho, portanto a imagem do desenho que se vai apresentar tem que ser apelativa e ao mesmo tempo tem que ser realizável para que não passe meramente de uma miragem. A interpretação gráfica dos objetivos é a maneira mais indicada para uma melhor visualização, ilustrações, desenhos e imagens em 3D
ajudam a perceber o funcionamento e elementos estruturais do design na prática.
Quando aprovado o projeto, passamos á fase de apresentação do caderno de encargos acompanhado dos documentos (memória descritiva) que explicam o projeto em pormenor, tais como relatórios e fotografias, e que especificam os métodos e materiais a utilizar, podendo o cliente propor alguma alteração. Segue-se a execução, fase em que os arquitetos paisagistas e designers de jardins supervisionam os
trabalhos, garantindo a fidelidade ao projeto elaborado.
Se o cliente já tiver uma ideia muito concreta do que quer do seu espaço deve transmiti-la com recortes de revistas, fotos, imagens retiradas de websites etc. Num projeto doméstico a relação profissional – cliente é bastante próxima, o profissional tem que entender quase intuitivamente o que o cliente procura analisando também o que o cliente gosta.
O elemento principal de trabalho é sem dúvida o elemento vivo, o sucesso da plantação de um jardim é o teste mais importante de um projeto. A sua constante evolução requer por parte do profissional um grande conhecimento da vegetação que está a propor.
Um projeto bem sucedido requer sempre uma boa equipa de trabalho, nomeadamente profissionais técnicos de jardinagem.
Muitas vezes o cliente privado pensa que com as ideias que tem consegue, sem precisar de contratar o profissional, colocá-las em prática. Mas existe todo um conjunto de conhecimentos adquiridos, soluções para problemas que se apresentam antes e durante a execução de um jardim, ideias inovadoras que só um profissional consegue trazer para um projeto.
“O design de jardins é a arte e o processo de design e criação de um layout e plantação para jardins e paisagens. O design de jardins é praticado por profissionais com conhecimentos de horticultura e design, e vasto conhecimento de plantas.”
Definição de design de jardins
“A Arquitetura Paisagista designa a profissão de quem concebe a Paisagem. A abordagem ao espaço – Paisagem – é de natureza arquitetónica, sintetizando, no espaço concebido, o conhecimento científico disponível relativo à Natureza e à Cultura, através de metodologias integrativas e de práticas comuns à Arquitetura e ao Design.
A Arquitetura Paisagista é portanto a disciplina que se situa entre a arte e as ciências naturais, humanas e tecnológicas, recorrendo a todas para a sua intervenção.
Os materiais da Arquitetura Paisagista são predominantemente vivos, pelo que a sua obra evolui ao longo do tempo, sendo este um dos fatores que distinguem a profissão.”
Definição de arquitetura paisagista de acordo com a APAP (Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas)
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